Saúde

Mulher viraliza nas redes sociais ao descrever condição íntima; entenda

Reprodução/Arquivo Pessoal
Aos 27 anos de idade, mulher contou que sua vagina não permitia penetração  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Arquivo Pessoal

Publicado em 15/03/2024, às 07h52   Cadastrado por Daniel Brito


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Uma mulher, aos 27 anos de idade, contou pela primeira vez ao médico que sua vagina não permitia penetração. Segundo relato dado ao site news.com.au, ela não conseguia sequer inserir um absorvente interno.

"Parece que estou batendo em uma parede, e a dor é insuportável, um abrasamento ofuscante, como se eu estivesse sendo rasgado", relatou. Após ser realizada, a publicação viralizou nas redes sociais na última semana.

Elena Filipczyk, australiana que narrou o caso, teve, de acordo com a médica que a examinou, suspeita de vaginismo, disfunção do assoalho pélvico. Nessa condição, ocorreu espasmo involuntário dos músculos dessa região, o que torna a penetração vaginal impossível, difícil ou dolorosa.

"Com o vaginismo, em algum momento o corpo aprendeu a temer a penetração ou a antecipar a dor, seja por causa do medo, de uma entrada vaginal estreita, de um hímen ininterrupto, de certos exercícios ou de traumas, incluindo experiências ruins com sexo, absorventes internos e exames de Papanicolaou", afirmou Angela James, fisioterapeuta de saúde pélvica.

Conforme a fisioterapeuta, uma em cada cinco mulheres se queixará de dor pélvica em algum momento de suas vidas. Elena afirmou que foi diagnosticada ainda com  vulvodínia, uma dor pélvica externa comum, e estenose vaginal congênita, um estreitamento raro do canal vaginal.

"Foi um alívio receber o diagnóstico, mas também fiquei com raiva. Na educação sexual, nunca mencionaram que poderia ser impossível inserir um tampão, muito menos fazer sexo com penetração ou um exame pélvico. Então, por mais de uma década, com certeza que minha vagina estava 'quebrada', eu evitei tudo e não contei a ninguém o porquê. Mesmo com o diagnóstico, a vergonha consumia tudo. Cercada por amigos que gostavam de sexo casual, tinham relacionamentos de longo prazo ou já haviam dado à luz, pensei que estava sozinha", contou.

Para Angela, condições como o vaginismo e a vergonha andam de mãos dadas por causa do logo histórico de cuidados de saúde liderados por homens. "Qualquer coisa relacionada à anatomia sexual feminina tem sido amplamente ignorada. E quando as coisas são ignoradas, elas permanecem vergonhosas, secretas e tabus", disse

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