Saúde

Primeiro caso de raiva é registrado após oito anos; mulher está em estado crítico

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Caso de raiva ocorreu em Pernambuco, mulher chegou a ser atendida mas não seguiu com o tratamento  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Folha de Pernambuco
Redação Bnews

por Redação Bnews

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Publicado em 10/01/2025, às 12h02



Uma mulher de 56 anos que foi diagnosticada com raiva humana está internada em estado grave e respira com a ajuda de aparelhos, conforme informou a médica que está acompanhando o caso no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) no Centro do Recife. É o primeiro registro da doença em Pernambuco após um intervalo de oito anos sem casos.

De acordo com a médica intensivista Ana Flávia Campos, o vírus foi transmitido por um sagui, o que pode aumentar a capacidade do vírus se multiplicar no organismo por se tratar de um animal silvestre."Ela está sedada e sendo monitorada da melhor forma possível, para que a gente possa investigar precocemente as possíveis complicações da doença", disse.

A mulher foi mordida pelo sagui na mão esquerda em 28 de novembro de 2024. Ela chegou a procurar atendimento na época e foi orientada a retornar para tomar soro e quatro injeções, mas não retornou para seguir com o tratamento.

A médica informou que os sintomas se manifestaram e o quadro se agravou quase um mês depois. Ela procurou atendimento em Santa Maria do Cambucá, onde mora e de lá foi transferida para o Huoc, onde está internada desde 31 de dezembro.

"Ela buscou atendimento quase quatro semanas depois. Entre o acontecimento da mordedura e o desenvolvimento dos sintomas, esse tempo pode ser bastante prolongado. Normalmente, são semanas, mas pode chegar a meses", disse a médica.

Mesmo tendo uma taxa de letalidade considerada de 100%, um adolescente pernambucano de 16 anos foi o primeiro brasileiro a se curar da raiva humana em 2009. Marciano Menezes da Silva estava dormindo quando foi mordido por um morcego e contaminado pela doença. Ele foi internado no Huoc, onde foi tratado.

Ainda segundo Ana Flávia Campos, no caso da mulher de Santa Maria do Cambucá, a doença se agravou devido à falta da profilaxia.

"A raiva humana é uma doença letal. Então, após o contato com animal que potencialmente pode transmitir a raiva humana, é imprescindível que esse indivíduo procure o serviço médico para receber as orientações necessárias", afirmou a médica.

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