Saúde

Representantes do setor filantrópico da saúde discutem ações para driblar a dificuldade financeira das entidades

Karine Pamponet
o evento realizado na manhã desta segunda-feira contou com a presença do o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, MIrocles Véras  |   Bnews - Divulgação Karine Pamponet

Publicado em 14/03/2022, às 13h50   Karine Pamponet


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Discutir sobre a atual situação de dificuldade financeira das Santas Casas na Bahia e definir alternativas para o fortalecimento das instituições filantrópicas, estavam os assuntos presentes na pauta da reunião de representantes do setor filantrópico da saúde do Estados com representantes da Federação de Santas Casas da Bahia (FESFBA) e o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB), MIrocles Véras. O evento realizado na manhã desta segunda-feira (14), no Hotel Mercury do bairro Rio Vermelho, em Salvador, contou ainda com a presença do Presidente Parlamentar das Santas Casas na Câmara, o deputado federal, Antônio Brito.

“Hoje estamos numa situação de alerta para que as entidades não fechem seus leitos e não façam demissões em massa nos próximos seis meses. Essas entidades vêm há anos sem um inventivo ou um repasse melhor dos contratos que já estão congelados há algum tempo”, disse a presidente da FESFBA, Dora Nunes. Ela disse ainda sobre a dificuldade em se manter os leitos em atividade quando os custos de manutenção dos hospitais aumentam todos os anos. “Tem o aumento de salário anualmente, os reajustes dos preços dos serviços como energia elétrica e água. Tem também o reajuste dos insumos, dos materiais dos equipamentos de proteção individual (EPI). Os custos hospitalares aumentando e o valor do repasse congelado há anos. A conta não fecha, nem fazendo milagre”, concluiu.

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Esse evento repercute diretamente a situação dos hospitais das Santas Casas da Bahia e alerta ao poder público a dificuldade financeira enfrentada pelos gestores. “Infelizmente a situação está chegando a um ponto em que não vamos conseguir continuar a prestar os serviços pela remuneração do Sistema Único de Saúde”, alerta o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB), MIrocles Véras. “Discussões como essa de apoio às entidades filantrópicas são muito importante. A nossa missão é servir ao usuário mais carente e vamos continuar a trabalhar para isso”, diz Véras.

A situação das Santas Casas se agravou ainda mais nos últimos dois anos quando, por conta da pandemia, houve um aumento nos custos de materiais, insumos e mão de obra. Para os representantes do setor da saúde, a esperança para uma ajuda imediata de socorro está em Brasília. “ Estamos na pauta, com o projeto 1417 na Câmara dos deputados, que garante dois bilhões, em valor de recursos, para socorrer todas as duas mil entidades filantrópicas nesse período do Covid”, ressaltou o presidente parlamentar das Santas Casas deputado Federal, Antônio Brito. De acordo com o deputado, a expectativa é que esse recuso seja aprovado ainda nessa semana. Outra alternativa apontada por Brito é a vinda de recursos através das emendas parlamentares que ajudam muito os hospitais. “ Elas são uma forma mais do que justa de diminuir o impacto financeiro devido a defasagem da tabela do SUS. As emendas são um socorro imediato, tanto para custeio quanto para compra de equipamentos. É muito importante que a gente tenha o custeio das nossas entidades filantrópicas ajudadas no orçamento federal”, conclui

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