Saúde

Varíola dos Macacos: Anvisa avalia não ser hora de flexibilizar o uso de máscaras em aviões

Agência Brasil
A OMS não fez restrições às fronteiras ou utilização de voos por causa da varíola dos macacos  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 08/08/2022, às 08h32   Redação


FacebookTwitterWhatsApp

Com opinião contrária ao do Presidente, Jair Bolsonaro, sobre as medidas de proteção ainda necessárias em ambientes fechados contra Covid-19, o diretor- presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que a Varíola dos Macacos é mais um alerta sanitário no país. Ele criticou também a derrubada das medidas de proteção terem sido feitas pela presidência quando se trata de atribuições da Anvisa.

Durante entrevista ao jornal O Globo, Barra Torres disse que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não preconiza restrições às fronteiras ou utilização de voos por causa da varíola dos macacos, mas ressalta que medidas de controle por conta da Covid-19 ainda estão sendo adotadas em aeroportos e aeronaves. “A forma de contágio não é a mesma, mas as medidas gerais, que procuram diminuir ou evitar a transmissão, vêm sendo aplicadas. É obrigatório o uso (de máscara em aviões), entretanto nós temos a possibilidade da refeição a bordo, que cria um período de tempo em que você estará sem máscara. Nós observamos — falando de Covid-19 — certo arrefecimento. Então, é possível que seja considerada, no futuro, a flexibilização”, explicou o diretor-presidente da Anvisa.

Para Torres, o momento é de cautela sobre a flexibilização das medidas de proteção sanitárias já que elas também evitam o contágio da varíola dos macacos, considerada emergência em saúde pública pela OMS. Sobre a flexibilização do uso de máscaras em aeroporto e durante os voos, ele acredita que pode acontecer, mas, questiona se é o melhor momento para isso. “Será que temos realmente condições agora: sim ou não?” Eu te digo: não me surpreenderia com uma flexibilização, mas, também, caso não venha neste momento, também não seria algo a surpreender”, pontuou.

Para Barra Torres o momento ainda é de cuidados e prevenção já que ainda é incerto o desenvolvimento do vírus recém-chegado. Além disso, o país ainda enfrenta o Covid-19. O diretor –presidente da Anvisa defende também que o órgão deveria ser mais atuante no incentivo à prevenção. “A campanha de vacinação é uma atribuição do ministério. A agência não faz campanha de vacinação ou uso de medicamento. Se a pasta o fizesse, bom seria, porque há uma progressão muito lenta do reforço em adultos e da aplicação em crianças”, concluiu.

Siga o Tiktok do BNews e fique por dentro das novidades.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp