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Defensora pública aposentada chama entregador de 'macaco' durante discussão; veja vídeo

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A defensora tentou quebrar o vidro e o espelho retrovisor do carro  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 04/05/2022, às 18h19 - Atualizado às 18h25   Redação BNews



Um caso de injúria racial que aconteceu em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, está sendo investigado pela Polícia Civil. Um vídeo que circula por redes sociais [veja no final da matéria] mostra uma defensora pública aposentada chamando um entregador de "macaco".

O caso foi registrado no último sábado (30). Segundo informações do g1, dois entregadores contam que fizeram entrega para um site de vendas em um condomínio de luxo e, por volta das 15h30, estacionaram a van na frente da casa da senhora, onde fizeram uma entrega.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na última terça-feira (3), a autora que não teve a identidade revelada, mas a defesa das vítimas apurou junto à Defensoria Pública, é uma defensora pública aposentada.

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A defesa das vítimas disse que a mulher pediu que os trabalhadores tirassem o veículo da porta da casa dela para que pudesse sair com seu próprio carro. O motorista estava fora da van, e o colega dele informou que não poderia fazer a manobra porque não tinha carteira de motorista. Quando iniciou-se um bate-boca.

A defensora tentou quebrar o vidro e o espelho retrovisor do carro e, por isso, um deles começou a filmar. Foi neste momento, antes de entrar no carro e sair, que ela chamou um dos entregadores, ambos negros, de "palhaço, otário, babaca, macaco", de acordo com o registro. No vídeo, dá para ouvir claramente a palavra "macaco".

"A senhora saiu da casa e já pediu que o entregador tirasse o carro imediatamente dali. O ajudante respondeu que ela precisaria esperar o motorista chegar, porque ele não tinha carteira de motorista. Na mesma hora, ela perdeu o controle e começou a ofender os dois. Em seguida, ela começou a jogar objetos na direção da van. Antes de entrar no carro, ela xingou o motorista de macaco e foi embora", contou o advogado das vítimas Joab Gama de Souza.

A ocorrência foi registrada na 81ª DP (Itaipu) como "injúria por preconceito". Imagens de câmeras de segurança foram solicitadas e a autora será intimada para prestar esclarecimentos.

A Defensoria Pública do Rio informou à defesa das vítimas que a mulher não atua mais como defensora pública e está aposentada desde novembro de 2016.

"A Defensoria Pública do Rio reitera que é absolutamente contrária a qualquer forma de discriminação e tem na Coordenadoria de Promoção da Equidade Racial (Coopera) e no Núcleo de Combate ao Racismo e à Discriminação Étnico-Racial (Nucora) ferramentas capazes de colaborar para a valorização de ações afirmativas", diz a nota.

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