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Projeto de modernização da Estação da Lapa custará R$ 26 milhões

Imagem Projeto de modernização da Estação da Lapa custará R$ 26 milhões
Audiência pública debateu a situação do terminal e dos ascensores de Salvador   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/10/2011, às 12h35   Marivaldo Filho


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Não é de hoje que a situação da Estação da lapa e dos ascensores Liberdade/Calçada, Pilar e Gonçalves preocupa baianos e turistas. Se depender do projeto de autoria da Fundação Mario Leal Ferreira, divulgado nesta sexta-feira (7), em audiência pública realizada no Edifício Bahia Center, anexo da Câmara Municipal de Salvador, o problema do maior terminal de transporte coletivo por ônibus da cidade vai ser resolvido.

A utópica Estação da Lapa apresentada traz melhorias nos aspectos estruturais, instalações, acessibilidade e conforto ambiental. Se for realmente executada, dará inveja a qualquer cidade desenvolvida da Europa. E o valor nem assusta, comparando com os valores de obras que estão emperradas há muito tempo em Salvador. De acordo com a Fundação Mario Leal Ferreira, o novo terminal de transbordo custará R$ 26 milhões para ser “tirado do papel”.



O problema, segundo os presentes no encontro, é a viabilidade e o tempo da execução. Para o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Rodrigo Martins, “este projeto é realmente belíssimo, o custo não é tão preocupante, mas o custo que torne ele viável para ser executado pode ser”.

Representante do Conselho Regional de Arquitetura (CREA), Edson Nascimento acredita que, para o equipamento ficar pronto, os soteropolitanos ainda vão ter que esperar ‘um pouco’. “Não se sabe quando isso vai realmente acontecer”.

Elevador Lacerda e ascensores

A ameaça de privatização ou terceirização de um dos maiores cartões postais da Bahia
e dos ascensores da cidade também esteve em pauta. Apesar do recuo da prefeitura, o presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Casa Legislativa, Gilmar Santiago (PT) afirmou que é possível que o Elevador Lacerda seja bem administrado pela prefeitura. “É como se tudo que fosse administrado pelo pode público não pudesse funcionar bem. Para a manutenção, será que não poderia utilizar os recursos do Fundo Municipal dos Transportes?”, questionou.



A presidente da Comissão de Direitos do Cidadão da Câmara, Aladilce Souza, quis explicações sobre custos de manutenção dos equipamentos, o que precisa ser feito para que eles funcionem de forma satisfatória, os valores das passagens com a mudança de gestão e os investimentos necessários para a realização das privatizações ou PPP. Aladilce afirma que “a prefeitura precisa esclarecer os motivos que levaram a sugerir essas saídas”.

Segundo Edson Valadares, representando de Transportes e Infraestrutura (Setin), a palavra “privatização” foi utilizada de forma equivocada. “O que foi pensado poderia se definir como uma ‘concessão’, mas, por hora, a prefeitura também desistiu da ideia. Nunca se pensou em vender o Elevador Lacerda e os terminais”, garantiu.

Foto: Rodrigo Soares

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