Ciência

Hackers invadem sistema de universidade e vazam dados de um milhão de alunos

Divulgação/Universidade Anhembi Morumbi
Ataques ocorreram na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. A Uninove teve a página da internet hackeada  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Universidade Anhembi Morumbi

Publicado em 31/07/2020, às 09h31   Redação BNews


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Mais de um milhão de alunos da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, tiveram dados vazados após ataques cibernéticos, nos últimos dias. A Universidade Nove de Julho teve a página na internet hackeada. Os dois episódios reforçam a vulnerabilidade das universidades brasileiras a invasões do tipo e se juntam a uma série de ataques que têm ocorrido desde o ano passado.

No ano passado, um grupo de hackers, o mesmo que neste ano vazou exames do presidente Jair Bolsonaro e foi alvo de uma operação da Polícia Federal, vazou dados pessoais da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Em janeiro deste ano, foi a vez de a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ter um dos seus sistemas invadidos.

De acordo com um levantamento feito pela empresa HarpiaTech, que monitora a atividade de 1.400 hackers na internet, os servidores da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, que permite o compartilhamento de pesquisas críticas para o desenvolvimento nacional e conecta os sistemas das universidades federais a universidades estrangeiras, foram alvos de 42 mil incidentes de fevereiro até esta quinta-feira.

A Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa (Faperj), por sua vez, foi alvo de 16 mil incidentes. A maioria dos ataques foi em busca de ativos vulneráveis, passíveis de exploração.

O ataque ao sistema do grupo Laureate International Universities, que controla, entre outras faculdades, a Anhembi Morumbi, foi revelado pelo site “TecMundo” e confirmado pelo jornal O Globo. O banco de dados com informações pessoais, segundo o site, já circulava no mercado de compra e venda desse tipo de informação há pelo menos seis meses. As instituições alvos dos ataques afirmam que investem em segurança tecnológica para evitar novas invasões.

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