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Picos de energia deixam Morro de São Paulo sem luz e prejudicam empresários e turistas com a queima de aparelhos elétricos

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Os estabelecimentos ficam sem computador, sem internet, microondas, ar condicionado e outros itens básicos para fazer as vendas e deixar os visitantes confortáveis  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 11/08/2020, às 18h10   Márcia Guimarães


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Um dos destinos mais procurados para o turismo no Brasil, Morro de São Paulo está sofrendo com recorrentes problemas de energia. Empresários e visitantes ficam por horas a fio dependendo de velas e de outros artifícios quando há falta de luz. Fiações em postes têm pegado fogo e diversos aparelhos eletrônicos não estão conseguindo sobreviver a tantas descargas elétricas, mais conhecidas como picos de energia.

O empresário Eduardo Ferraz, que possui pousada, clínica médica, creperia e loja de materiais de construção na vila, reclama dos prejuízos que as constantes quedas de energia têm ocasionado, já que os estabelecimentos ficam sem computador, sem internet, microondas, ar condicionado e outros itens básicos para fazer as vendas e deixar os turistas confortáveis. 

“A Coelba prometeu fazer o cabeamento subterrâneo de Morro de São Paulo, por isso disse que não iria fazer nenhum investimento no cabeamento aéreo. No entanto, não o fez alegando a questão da pandemia, mas poderia aproveitar que Morro está vazio. Vai entrar um verão e vamos continuar com esse problema crônico de energia”, critica Ferraz.

Ele conta que já perdeu diversos aparelhos durante os picos de energia e sempre que tenta acionar a Coelba através do aplicativo da companhia, do Whatsapp e SMS, mas nenhum dos canais teria funcionado. Ferraz diz que, antes da pandemia, o discurso da empresa era que a rede de Morro de São Paulo estava sobrecarregada por causa da grande quantidade de turistas, mas o problema continua acontecendo mesmo com a vila vazia durante os mais de quatro meses de isolamento social.

“Isso mancha a nossa imagem. Teve um réveillon que passamos sem luz. É revoltante! Se não tiver melhoria, seja cabeamento aéreo ou subterrâneo, teremos mais um verão de vergonha e queimando os equipamentos dos empresários. A Coelba precisa fazer algo consistente e duradouro”, finalizou o empresário.

Resposta da Coelba

Procurada pela reportagem, a Coelba afirmou que o projeto executivo da obra já foi concluído, assim como foi concedida a licença pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para a realização da intervenção. No entanto, em função da necessidade de laudos arqueológicos e dos impactos da Covid-19, o início da obra, previsto para o primeiro semestre de 2020, foi postergado. 

“Na medida em que as restrições impostas pela pandemia evoluam, a empresa retomará com um novo cronograma de execução que busque prioritariamente preservar a saúde e a segurança dos seus colaboradores e da população, bem como a melhoria contínua do serviço prestado”, acrescentou a companhia.


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