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Reprodução // FreepikPublicado em 22/12/2022, às 00h01 José Ivan Neto
O verão, estação mais quente do ano e a mais aguardada pelos brasileiros, promete reacender a economia nacional. O próximo ano é para muitos é uma incógnita, mas a expectativa é de que seja melhor do que 2022. Setores do serviço em geral, principalmente o comércio e o turismo, esperam que a flexibilização nas medidas de contenção do novo coronavírus favoreçam as compras e viagens na Bahia.
O momento, segundo especialistas, é de buscar o retorno financeiro tão esperado para o comércio e o turismo em Salvador e no interior do estado após a baixa por conta da pandemia.
O turismo brasileiro foi um dos setores mais afetados pela pandemia, chegando a ter uma retração de quase 58% em 2020, de acordo com o IBGE. Com a volta do funcionamento regular de hotéis, aeroportos, eventos e restaurantes, poderá voltar a arrecadar o mesmo valor do período pré-pandêmico.
De acordo com a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), a expectativa é de que a capital baiana receba 3 milhões de turistas entre dezembro de 2022 e março de 2023. No estado, o número é bem maior, de acordo com previsões de Maurício Bacelar, secretário do Turismo da Bahia.
"Temos a expectativa de que este verão também seja, em movimentação turística, superior ao de 2019. Ainda esperamos que através dos aeroportos, das rodoviárias, das praças de pedágio e dos nossos portos, cheguem à Bahia mais de 6,2 milhões de pessoas durante essa temporada”, informa.
Outra entidade que também trabalha com a possibilidade do valor arrecadado nesta temporada se igualar ao de anos anteriores à pandemia é a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).
Segundo Luciano Lopes, presidente da ABIH Bahia, o setor hoteleiro pode ter a mesma taxa de ocupação do período pré-pandemia, com uma média entre 68% e 70% na alta estação. Além disso, já em novembro de 2022, os hotéis de Salvador tiveram uma ocupação de 67,62%, superior a 2021 e semelhante aos anos antes do coronavírus, conforme dados do órgão.
A partir do que se desenha para o turismo nacional, que caiu 33,6% nos dois primeiros anos de pandemia, de acordo com o IBGE, o setor pode retomar, finalmente, o crescimento que vinha obtendo em 2019.
Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), também prevê bons resultados positivos para 2023, principalmente para a venda de produtos não duráveis, que movimentam grande parte da economia do setor.
“É uma previsão de muitos navios estarem visitando Salvador, trazendo um bom volume de turistas. É uma das capitais mais motivadas para o turista. Então, o comércio se beneficia bastante disso, principalmente o comércio de bens não duráveis. Nós estamos confiantes que vamos ter uma expectativa positiva de início do ano com a nova estação”, destacou.
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O número de casos de Covid-19 neste fim de ano na Bahia, que teve um aumento significativo em outubro, está passando por uma queda neste mês de dezembro, segundo a infectologista Ceuci Nunes.
“Nós estamos uma uma descida do número de casos. O número de mortes mais alto é consequência de um pico que, para mim, já passou”, disse.
Entretanto, a profissional reitera o cuidado necessário dos turistas durante a época de festividades, mesmo com o baixo número de mortes no estado.
“Em termos de Covid, é claro que sempre preocupam as aglomerações, porque é uma doença transmitida por via aérea, então os cuidados do turista têm que ser com a Covid. O uso de máscaras em lugares aglomerados, fechados, é importante. Pessoas vulneráveis, que são os muito idosos ou que tem mais de uma comorbidade, devem evitar frequentar esses locais.
Mesmo com o recente aumento no número de casos de Covid-19 no Brasil, especialistas apontam que se trata de uma sazonalidade já esperada da doença e que a forma de minimizar danos é se vacinando. O secretário de Saúde de Salvador, Décio Martins, falou ao BNews sobre a importância da vacinação e fez um apelo, uma vez que cerca de 600 mil pessoas já poderiam ter tomado a terceira dose na capital baiana, mas ainda não o fizeram.
Com o avanço da vacinação e diminuição de medidas restritivas, os diversos setores da economia voltam a respirar aliviados. A tentativa inicial é de recuperar os prejuízos, mas setores como turismo e comércio esperam um fôlego a mais em decorrência das compras de fim de ano e de eventos como Natal, Réveillon e Carnaval.
A chegada do verão também aquece o comércio, principalmente nas cidades litorâneas como Salvador, que recebe milhares de turistas no decorrer da estação mais quente do ano. Desta forma, após os cenários epidemiológico, sanitário e econômico caóticos que tivemos nos últimos anos, a expectativa é de que o verão e todo o ano de 2023 soprem bons ventos na Bahia e em todo o Brasil.
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