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Companhias apostam em “vale-turismo” e férias ilimitadas para funcionários

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Nova tendência que inclui "vale-turismo" tem se difundido entre as grandes empresas  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Tânia Rêgo // Ag. Brasil

Publicado em 10/06/2022, às 11h10   Redação BNews



As áreas de recursos humanos de empresas de vários portes estão buscando inovar em relação às férias dos funcionários, de olho em diferenciais competitivos para atrair e reter talentos. Entre as inovações, segundo o Valor Econômico, estão benefícios como “vale-turismo” e até férias ilimitadas para funcionários.

“Com o passar do tempo de pandemia, percebemos que precisávamos fornecer ferramentas para estimular as pessoas a se reconectarem pós isolamento e também a entenderem melhor seus momentos de descanso”, diz Marcela Zaidem, chief people officer da startup de serviços financeiro Hash.

A empresa, que adota o home office como modelo principal de trabalho, está oferecendo desde fevereiro deste ano uma plataforma a seus 210 funcionários onde eles podem agendar hotéis e voos e marcar viagens com um crédito que a Hash disponibiliza mensalmente. Sem desconto de salário ou do dinheiro de férias garantido pela legislação, segundo a publicação.

A plataforma foi desenvolvida pela Férias&Co, startup que vem tentando convencer os RHs que eles podem transformar viagens em benefício corporativo, pagando uma quantia mensal para estimular que eles viajem mais, principalmente pós-impacto da pandemia.

Desde agosto de 2021, quando o cenário de viagens começou a melhorar após a chegada das vacinas, a startup foi contratada por 50 companhias, de vários setores e tamanhos, e hoje sua plataforma é acessada por 5 mil funcionários. A meta é chegar a 300 empresas até o fim do ano – o que representaria 50 mil funcionários atendidos.

Como funciona

As empresas que aderem à Férias&Co depositam um valor para cada um de seus funcionários que é transformado em crédito para ser utilizado na plataforma de viagens da startup. Cada empresa define quanto quer gastar, e a maioria opta pelo valor de R$ 90 mensais por funcionário, totalizando um plano de R$ 1.080 ao ano por pessoa.

O referido crédito já pode ser usado pelo funcionário no primeiro mês da adesão do benefício. Ele pode escolher, também, replicar o valor mensal, aportando do próprio bolso, para aumentar o crédito que tem disponível na plataforma – algo que 70% dos 5 mil funcionários com acesso fizeram, segundo.

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Atualmente, a plataforma disponibiliza 400 mil opções de passagens aéreas e hospedagem ao redor do mundo.

A Olist, startup de e-commerce para marketplace com 1,4 mil funcionários, diz que oferecer esse benefício ajudou o RH a gerenciar melhor as férias. A empresa deposita R$ 360 por funcionário, independentemente de os empregados complementarem o valor.

A DataHub premiou recentemente quatro executivos de vendas que bateram a meta com um crédito de R$ 10 mil para cada um usar da forma que quiser e em família (e não na viagem em grupo com colegas, de metas de fim de ano).

A agência de viagens Hurb (ex-Hotel Urbano) estabeleceu, há três meses, o que vem chamando de “política de férias ilimitadas”, dizendo que seus funcionários podem programar dias ou um período de descanso para além dos 30 dias obrigatórios por lei.

Segundo Pedro Thompson, ex-sócio do BTG e co-CEO do Hurb, até maio, a prática faz sentido dentro de uma visão de prevenção de ansiedade ou sobrecarga. “Esperamos bom senso das pessoas, mas a questão é que todo mundo tem suas necessidades e anseios e a vida precisa estar antes do trabalho”, diz.

Há regras, porém. O funcionário precisa fazer o pedido de férias com até 15 dias de antecedência, avisar o gestor e se programar com sua equipe para que sua ausência não prejudique o time. Independentemente de quando se ausente, a remuneração máxima que receberá continuará sendo a de 30 dias, além do adicional previsto, conforme o Valor.

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