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Faturamento de viagens corporativas volta a crescer e se aproxima do valor apresentado em 2019

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Apenas em setembro foram R$ 1,196 bilhões, contra R$ 996 milhões em igual mês de 2019; aéreas são destaque  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Ty Yang - Pixabay

Publicado em 27/10/2022, às 17h17   Cadastrado por Téo Mazzoni



O segmento de viagens corporativas se manteve em alta e fechou o terceiro trimestre de 2022 com faturamento de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, alta de 11,6% na comparação com o mesmo período de 2019, antes da pandemia da Covid-19. Nove dos 11 setores pesquisados no mercado superaram seus desempenhos quando comparados com 2019, segundo pesquisa realizada mensalmente pela Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp).

De janeiro a setembro, o faturamento está cada vez mais próximo de 2019. No período, neste ano, o faturamento chegou a R$ 8,138 bilhões, contra R$ 8,563 bilhões nos nove meses de 2019.

Já o faturamento de setembro deste ano alcançou R$ 1,1 bilhão, contra R$ 996 milhões no mesmo mês de 2019.

O destaque em setembro foi o segmento aéreo, que faturou R$ 778 milhões, 65,86% do total da receita do setor, acima 22,32% em relação ao valor obtido em setembro de 2019. "O segmento aéreo internacional começa a consolidar uma recuperação também. Embora alguns destinos ainda estejam com oferta razoavelmente menor, enquanto tivemos no 2º tri 2022, uma queda de 35% em relação a bilhetes emitidos no mesmo período de 2019, o 3º tri 2022 já apontou um distanciamento bem menor (-27%), refletindo essa recuperação", diz Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

O volume de bilhetes emitidos ainda é inferior a 2019. No mês passado, a emissão de tíquetes para viagens internacionais ficou 26% abaixo do mesmo mês de 2019. No caso das viagens aéreas nacionais, o faturamento foi 16% superior comparando os mesmos períodos, mas a emissão de bilhetes foi 27% inferior. Conforme a Abracorp, o aumento das passagens aéreas explica o bom desempenho no faturamento mesmo com redução na emissão de bilhetes.

Tanabe lembra, porém, que essa diferença no número de transações já era prevista no pós- pandemia. "Já era uma variação esperada, até em função das mudanças comportamentais das pessoas e das empresas. Mas vale salientar que a recuperação das viagens decorrentes de eventos corporativos está retomando com força. E isso está fazendo uma diferença muito positiva", diz. Além disso, a oferta ainda não está 100% recuperada aos níveis de 2019. Principalmente no segmento internacional.

Outro destaque em agosto foi o volume no segmento rodoviário, que faturou aproximadamente R$ 2,3 milhões em setembro de 2022, 148% superior ao de setembro de 2019. "É uma marca histórica, claramente demonstrando que viagens corporativas, após a pandemia, estão se remodelando", diz Tanabe.

O segmento hoteleiro continua a mostrar força. Faturou R$ 295 milhões, 12,23% acima de setembro de 2019. Cruzeiros também cresceram. Faturaram R$ 437 mil contra R$ 243 mil em setembro de 2109.

Em relação aos empregos, o setor ainda tenta se recuperar. O segmento de viagens corporativas chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021. Neste ano, já se verifica uma retomada dos empregos.

Um dos principais desafios no setor é como enfrentar os altos custos impostos pela tecnologia no setor. "A disponibilidade de conteúdos torna-se cada vez mais complexa no cenário da inclusão digital, se por um lado oferece importantes benefícios como a agilidade e segurança nas transações, por outro, os custos nesse ecossistema são, cada vez mais, crescentes. E o uso intensivo da tecnologia não implica em redução de mão de obra em serviços, como ocorre no setor industrial" diz Tanabe.

Classificação Indicativa: Livre

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