Governo de Bali quer proibir aluguel de motocicletas por turistas; entenda motivo

O governo da Indonésia anunciou que pretende proibir visitantes de alugarem motos para passeios pela ilha, umas das maneiras mais populares de se conhecer a ilha. O motivo alegado é o mau comportamento dos viajantes quando estão sobre duas rodas, segundo O Globo.

Principal destino turístico da Indonésia, a ilha costuma encantar visitantes de todo o mundo com sua combinação de clima tropical, paisagens bucólicas no interior e templos hindus. Reaberta aos visitantes internacionais em outubro de 2021, Bali ainda luta para recuperar sua economia, bastante dependente do turismo.

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Estima-se que, até 2019, cerca de 50% dos negócios locais eram voltados para o setor de viagens e lazer. Além de hotéis, restaurantes, lojas e agências de turismo, um tipo de estabelecimento muito comum em Bali são as locadoras de motocicletas para passeios. Quem mais busca esses estabelecimentos são os turistas, especialmente estrangeiros, que querem uma forma mais independente de explorar a ilha.

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A grande popularidade das motos entre os turistas tem gerado uma onda de reclamações por parte de moradores. As alegações são variadas, mas sempre recaem no mau comportamento por parte dos viajantes, sobretudo o desrespeito às leis de trânsito locais.

Relatos dão conta de que muitos turistas pilotam de maneira imprudente, sem equipamentos de segurança e até mesmo embriagados.

De acordo com o governador de Bali, Wayan Koster, há casos de turistas que usam carteiras de identidade indonésias falsas para poderem alugar as motos. Numa coletiva de imprensa em março, Koster disse que seu governo está estudando banir as motos como meio de transporte dos turistas, que deveriam dar preferência a passeios a bordo de carros contratados junto a empresas autorizadas.

O governador afirmou também que pretende proibir que turistas trabalhem em Bali, em qualquer atividade, o que afetaria o crescente número de nômades digitais. As medidas, que ainda não entraram em vigor, têm causado preocupação em representantes do setor turístico.