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Passageiros aguardam reembolso de voos cancelados na pandemia; entenda

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Milhares de passageiros aguardam pelo reembolso de bilhetes ou indenizações pelos voos cancelados durante a pandemia  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 03/05/2023, às 12h43   Téo Mazzoni


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A súbita crise da aviação que assolou o mundo em 2020, devido a pandemia da Covid-19, quase levou diversas companhias aéreas à falência, mas após três longos anos, o setor parece ter se reencontrado na Europa e os números positivos do período anterior ao coronavírus voltaram a ser registrados. No entanto, milhares de passageiros ainda aguardam pelo reembolso de bilhetes ou indenizações pelos voos cancelados durante a pandemia. 

Na França, diversos clientes só conseguiram reaver o dinheiro perdido após recorrerem à Justiça. Viagens de férias programadas em destinos distantes, como na Ásia, geraram prejuízos de milhares de euros que até hoje não puderem ser recuperados - principalmente quando envolvem companhias menores que já estavam em dificuldades financeiras antes da Covid-19, como a italiana Alitalia - hoje ITA - ou a portuguesa TAP.

Estima-se que cerca de 35 bilhões de passagens tiveram de ser reembolsadas apenas nos seis primeiros meses de pandemia, de acordo com informações do consultor em aviação Gérald Feldzer, presidente da organização Aviation Sans Frontières. As aéreas perderam tantas cifras durante o período que, para muitos, ainda é uma questão de sobrevivência. 

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As empresas alegam que poderiam simplesmente desaparecer e, se fosse o caso, todos sairiam perdedores. Portanto, há um equilíbrio a ser encontrado para que os passageiros sejam reembolsados sem que as companhias corram maiores riscos. "A aviação hoje está muito melhor, voltando a registrar os números de 2019. Mas os caixas continuam vazios e, com os lucros registrados por algumas, como a Air France-KLM, elas precisam comprar novos aviões", explica Feldzer.

A advogada Joyce Pitcher representou milhares de passageiros na Justiça francesa. "Nós tratamos mais de 7 mil casos porque durante um longo período, as companhias aéreas se recusavam a reembolsar ou levavam muito tempo para reembolsar", diz ela. "Hoje, esse problema começa a ser resolvido, e os pedidos de assistência jurídica diminuíram", nota a advogada. "Algumas companhias continuam resistindo a aplicar as decisões que foram tomadas contra elas, como a Thai Airways, mas os casos estão mais isolados", afirma Pitcher.

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