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Direto de Brasília: Senador de Sergipe alega que Bolsonaro foi o vetor de contaminação da Covid na pandemia

Victor Pinto / BNews
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Publicado em 19/09/2021, às 10h00   Victor Pinto, de Brasília*


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O senador Rogério Carvalho (PT-SE), médico, um dos mais assíduos durante o funcionamento da CPI da Pandemia no Senado Federal, não poupou críticas ao seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para o petista, pré-candidato a governador do Estado sergipano, o chefe do Planalto funcionou como espécie de vetor de contaminação do coronavírus no povo brasileiro.

“Ele apostou no contágio e ao apostar no contágio, ele, de forma dolosa, porque ele tinha informações de que a doença tinha um grau de letalidade alta e era altamente contagiosa, e, portanto, milhares de brasileiros se infectaram, adoeceram e morreram. E ele sabe desses riscos. Mesmo assim ele intensificou uma campanha para que houvesse uma ampliação de contágio”, disse.

A crítica de Rogério se vale, principalmente, a tese da imunidade de rebanho. Se acreditava que se boa parte da população pegasse o vírus e se recuperassem não haveria mais condição de contágio e determinadas “bolhas” se fechariam para o coronavirus se disseminar. Essa lógica não foi confirmada por cientista de renome ou nenhum estudo concreto sobre o tema chegou a ser publicado no mundo.

A CPI da Pandemia, inclusive, deve encerrar seus trabalhos na próxima quinta-feira (23), quando o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve entregar o relatório final. O emedebista deve imputar ao presidente da República crimes baseados na sua atuação durante a pandemia.

Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN) a comissão deveria prosseguir com as atividades até o mês de novembro, prazo final da última prorrogação feita. “Esse prazo [do dia 23] não é terminal. Poderá ser adiado até o início de novembro, de modo que seja possível o tempo necessário para ouvir todo mundo que tem que ser ouvido. Inclusive gente que aparece no meio do depoimento dos outros, e que abre novas linhas ou sub-linhas de investigação, afirmou.

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Na avaliação de jornalistas que cobrem o dia a dia do Congresso e assessores ouvidos pelo BNews na última semana no Senado Federal, a CPI da Pandemia já esgotou seu combustível e não possui mais apelo midiático e político para se manter por tanto tempo. Se cogitou levar adiante, no novo prazo limite, caso surgisse algum novo fato crucial, como foi o depoimento dos irmãos Miranda, mas esse ponto de partida não ocorreu. 

*Editor de Política do BNews está em Brasília para a cobertura da CPI da Pandemia

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