Aprosoja critica decisão do Ministério da Agricultura; entenda

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) não aprovou a nova Portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Portaria nº 840, dilvugada nesta terça-feira (11), virou alvo de críticas pelos produtores.

A medida estabelece os calendários de semeadura de soja referentes à safra 2023/2024 para 21 estados. O presidente da unidade de Mato Grosso da Associação, Fernando Cadore, ressalta que o texto foi recebido com muita surpresa pelo setor. "A maioria esmagadora dos produtores do estado de Mato Grosso já opinou sobre o assunto", disse.

Segundo Cadore, diversos estudos mostram que o plantio da oleaginosa em fevereiro não causa riscos e também atende ao pequeno produtor que, assim, tem a possibilidade de salvar a sua semente e pode colher em período sem chuva.

Para o estado de Mato Grosso, a Portaria do Mapa estabelece que o plantio deve ser feito apenas entre 16 de setembro a 24 de dezembro deste ano.

O presidente ainda ressalta que o Ministério da Agricultura tem o dever de explicar a medida ao setor. "Nós lavamos nossas mãos, mas deixamos claro que é uma medida que não atende tecnicamente e, muito menos, comercialmente o produtor, pelo contrário, pode até inviabilizar a safra em um momento de custos caríssimos".

A assessoria de comunicação da Mapa enviou uma nota, em resposta às críticas da Aprosoja, destacando que "a motivação para o período estipulado para o estado de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul foi a mesma para todas as demais unidades da Federação: os calendários foram limitados a 100 dias corridos em função do expressivo aumento dos relatos da ferrugem asiática da soja na safra anterior".

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