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Publicado em 20/12/2022, às 08h57 Petra por Pixabay Redação
A espera por um lar parecia ter acabado enquanto ele estava no abrigo de animais. Mas, a vida muda radicalmente e a rua vira sua casa novamente. Essa é a situação de mais de 30 milhões de animais vítimas de abandono no Brasil, de acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação piora, principalmente, entre dezembro e fevereiro, período em que mais se registram abandono de animais.
Mas quem são esses animais ababandonados por seus tutores que juraram amor eterno com direito a fotos e vídeos em redes sociais? Uma pesquisa inédita feita pela Cobasi Cuida, pilar social da Cobasi, que ouviu 57 ONGs e protetores independentes, aponta o perfil dos animais abandonados no país. O estudo mostrou que cerca de 90% dos pets abandonados são cães e 68,4% deles são adultos e, em sua maioria, SRD (sem raça definida).
Ainda de acordo com a análise, os vira-latas pretos e caramelos são os que mais sofrem com o abandono no Brasil. Entre os cães de raça, as que mais sofrem com o abandono são Pitbull, Chow Chow e Poodle.
O levantamento apontou também que a taxa de abandono de felinos é de menos de 11%. Entre os gatos, os mais abandonados são vira-latas que são maioria. Siameses e Persas também foram muito citados durante a pesquisa.
Motivos
Os dados levantados pela pesquisa também apontaram os motivos mais comuns citados para o abandono. Segundo esses, 89,5% dos abandonos são motivados por mudança de residência. Outras causas frequentes foram o pet crescer demais, o outro animal da casa não se adaptar ou mudanças na rotina do tutor. E, ainda, a destruição de itens da casa e as necessidades no lugar errado.
O estudo sugere que é necessário que a adoção seja planejada, uma vez que, em geral, todos os motivos poderiam ter sido evitados ao tomar-se a atitude correta frente aos contratempos, como com o adestramento, aumento no nível de atividade e enriquecimento ambiental.
Abandono de animais é crime
Maus-tratos e abandono de animais são crimes previstos por lei. Uma nova legislação foi sancionada em setembro de 2020 e aumentou a pena de prisão, que era de até um ano para até cinco anos para quem comete o crime. Além de ser uma crueldade com os bichos, essa prática tem impactos significativos na saúde deles.
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