Cidades

PM e filho de fazendeiro seguem presos acusados de envolvimento na morte de Nega Pataxó

Laudo de microcomparação balística atribuí tiro que matou Nega Pataxó a arma do filho de fazendeiro  |  Alberto Maraux/ SSP

Publicado em 25/01/2024, às 18h24   Alberto Maraux/ SSP   Letícia Rastelly

Desde o último domingo (21), um policial militar está custodiado no 15ª Batalhão de Polícia Militar, em Itabuna, acusado de envolvimento no confronto entre fazendeiros e indígenas que matou Maria de Fátima Muniz, a Nega Pataxó. O crime aconteceu na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, na zona rural do município de Potiraguá, no sul da Bahia.

Além do militar, também está detido o filho de um fazendeiro, que tem 20 anos. Ele está no Conjunto Penal de Vitória da Conquista e à arma dele, de calibre 38, foi atribuído o disparo que matou Nega Pataxó. Segundo a Polícia Civil, isso foi confirmado por meio de um laudo de microcomparação balística, encaminhado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Tanto o militar quanto o jovem foram presos em flagrante, sendo autuados por homicídio e tentativa de homicídio, já que o irmão de Nega Pataxó, o cacique Nailton Muniz Pataxó, foi baleado e segue internado. Quatro armas de fogo e munições foram apreendidas com eles.

Apesar da Polícia Civil ter dado início as investigações, todo o material já apurado e confeccionado, será encaminhado para à Polícia Federal (PF), que é responsável por reprimir e prevenir crimes cometidos contra comunidades indígenas. A Corregedoria da PM aguarda a conclusão do inquérito pela PC para apurar a conduta do militar.

Classificação Indicativa: Livre


Tags confronto sul da Bahia policial militar militar pataxó nega pataxó

Leia também


“Não consigo transar”, desabafa mulher após cirurgia plástica na vagina


Carlos Bolsonaro “mexe os pauzinhos” para defender Alexandre Ramagem