Coronavírus

Estudo mostra que cérebro de adolescentes envelheceu precocemente após lockdown

O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA e publicado na revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science  |  haydenbird/ GettyImages

Publicado em 07/12/2022, às 05h50   haydenbird/ GettyImages   Cadastrada por Letícia Rastelly

Um estudo revelou que o cérebro dos adolescentes que passaram por lockdown durante a pandemia de Covid-19 possuí indícios de envelhecimento precoce. Tal constatação é resultado da análise de ressonâncias magnéticas de 81 adolescentes feitos antes da pandemia, e de outros 82 realizados entre outubro de 2020 e março de 2022, ainda durante a pandemia, mas após a suspensão dos lockdowns.

O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos e publicado na revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science na última quinta-feira (1º/12). Segundo a pesquisa, os cérebros desses adolescentes envelheceram três anos mais rápido: “Não esperávamos um aumento tão grande, visto que o lockdown durou menos de um ano”, afirma o professor de psicologia na Universidade de Stanford e autor do estudo, Ian Gotlib.

Após comparar os exames dos voluntários, os pesquisadores perceberam o afinamento do córtex e o aumento do hipocampo e da amígdala. Essas alterações foram maiores no período depois do lockdown do que antes da pandemia.

Ainda segundo a pesquisa, que tinha o intuito de analisar qual o impacto do estresse na saúde mental durante a infância e a puberdade, o grupo pós-lockdown parece ter mais problemas psicológicos e sintomas mais graves de ansiedade e depressão.

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