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Bolsonaro irá ao São João de Caruaru, que vai censurar artistas, diz prefeito

Além dos artistas locais, boa parte deles inscritos por meio do edital, devem se apresentar na festa Luan Santana, Mari Fernandez, Felipe Amorim, Dorgival Dantas e Bell Marques  |  Pedro Ladeira/Folhapress

Publicado em 22/05/2022, às 03h00 - Atualizado às 03h10   Pedro Ladeira/Folhapress   Pedro Martins / Folhapress

O São João de Caruaru, que vai censurar manifestações políticas dos artistas contratados, deve receber a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O anúncio foi feito pelo prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, do PSDB, em entrevista à Rádio Cultura do Nordeste. A conversa, que ocorreu na última sexta-feira (13), foi transmitida pelas páginas da emissora nas redes sociais.

Pinheiro afirmou que faria o convite oficial a Bolsonaro nesta semana, mas que a presença do presidente já havia sido confirmada.

"Verbalmente, a notícia que a gente tem é que o presidente Bolsonaro vai vir, sim. Coincidentemente ou não, vai ser no dia que a Brucelose, a banda do ex-ministro Gilson Machato Neto, vai tocar. Tenho certeza que ele vem. Ele vinha para a Paixão de Cristo, não conseguiu vir, mas seus apoiadores estão esperando a visita em Pernambuco."

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Machado Neto, que já foi ministro de Turismo de Bolsonaro, está sendo cogitado por aliados do presidente para o cargo de vice.

O governo federal informou à reportagem que a agenda de compromissos do presidente para junho ainda não está disponível.

A Prefeitura de Caruaru, cidade a 136 quilômetros do Recife, afirmou no edital de contratação de seus artistas que qualquer atração "que expresse conteúdo político de qualquer natureza" não seria contratada.

O edital afirma que o descumprimento da cláusula pode levar à rejeição da prestação de contas e, por consequência, à suspensão do cachê da apresentação.

Além dos artistas locais, boa parte deles inscritos por meio do edital, devem se apresentar na festa Luan Santana, Mari Fernandez, Felipe Amorim, Dorgival Dantas e Bell Marques.

O evento começa em 4 de junho e vai até 2 de julho. As apresentações principais serão divididas em matinês nos dias 11, 23, 24, 25 e 26.

A proibição surge cerca de um mês e meio após Pabllo Vittar ter mostrado uma toalha com o rosto do ex-presidente Lula e feito um sinal de "L" com a mão no palco do Lollapalooza, festival de música que ocorreu no último fim de semana de março em São Paulo.

A equipe do presidente Jair Bolsonaro questionou a organização do festival. Seu partido, o PL, acionou o TSE por suposta propaganda eleitoral irregular no evento, alegando que a legislação só permite campanha política a partir de 16 de agosto.

O tribunal acatou parcialmente o pedido e determinou multa de R$ 50 mil para o festival se houvesse outras manifestações a favor ou contra qualquer candidato ou partido no Lollapalooza. A produtora do evento, T4F, entrou com recurso e manteve a liberdade de expressão dos artistas.

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