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Porteiro que assistiu agressão contra ator famoso é autuado por omissão de socorro; saiba detalhes

Segundo a delegada responsável pelo caso, ao chegar no local, o porteiro foi desrespeitoso com ela  |  Reprodução/Vídeo

Publicado em 04/09/2023, às 13h53   Reprodução/Vídeo   Cadastrado por Mariana De Siervi

O ator Victor Meyniel, de 26 anos, foi espancado por um homem, no último sábado (02), no Rio de Janeiro. Durante as agressões, o porteiro do prédio onde ocorreu a violência assistiu à cena sem fazer nada e, por conta disso, foi atuado por omissão de socorro. As informações são do G1.

Nas imagens, registradas por câmeras de segurança, é possível assistir o porteiro, identificado como Gilmar José Agostini, assistindo à cena sem prestar socorro, apenas tomando café. 

"O ator Victor Meyniel foi agredido na entrada de um edifício no RJ. Nas imagens, é possível observar o porteiro, que permaneceu inerte, sem oferecer qualquer assistência durante o incidente. O agressor foi detido, e o porteiro agora enfrentará acusações de omissão de socorro." pic.twitter.com/OcX56xIS7r

— CHEQUEI (@ichequei) September 3, 2023

A delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana), responsável pelo caso, ainda afirmou que o funcionário do prédio não a tratou bem. "Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas", contou a oficial que estava com uma oficial de cartório. 

Ainda conforme a delegada, devido à atitude de Gilmar, elas ficaram desconfiadas de algo.  “Sabíamos que tinha alguma coisa. Fomos ver as imagens e ficamos perplexas. Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro.", destacou. 

Reprodução/TV Globo

 

Ao ser conduzido para a delegacia, o porteiro teria dito que ligou para o síndico do prédio. 

 

“Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito.”, disse Débora. 

 

AGRESSOR 

Yuri de Moura Alexandre, responsável pelas agressões contra Victor, foi preso em flagrante ao voltar da academia e segundo a delegada, confessou o crime. 

"Ele já chegou dizendo: ‘Não toca em mim! Eu sou militar, sou médico militar! E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?’”, disse Débora Rodrigues. 

Reprodução/TV Globo

 

Além de responder por lesão corporal e  injúria por homofobia, o agressor também está sendo acusado de falsidade ideológica. “Ele não é militar. Ele mentiu. Ele não é nem médico ainda, é estudante.”, acrescentou a delegada.  

Classificação Indicativa: Livre


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