Bolsonaro: PGR propõe reconciliação entre cantora baiana e filho do presidente

A vice-procuradoria-geral da República sugeriu uma audiência de reconciliação entre uma cantora baiana e um filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). A cantora entrou com queixa-crime contra o filho de Bolsonaro, que é deputado federal em exercício, acusando de difamação por conta de um vídeo publicado em suas redes sociais.

Imagens antigas de um show dela foram editadas e compartilhadas como se a baiana estivesse chamando Jesus de gay. "Gay, muito gay, muito bicha, muito viado, sim".

De acordo com informações divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o vídeo editado foi primeiramente compartilhado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro. 

Apesar de ter sido apagada posteriormente, a assessoria da artista fotografou e filmou a mensagem do partalmentar, que dizia: "Cuidado! Cenas fortes. Efeitos colaterais da abstinência de Lei Rouanet. A que ponto a pessoa contaminada chega. Deus, tenha misericórdia deles, eles não sabem o que falam". O vídeo passou a ser compartilhado por seguidores bolsonaristas no Twitter. Em agosto, Daniela Mercury entrou com a queixa-crime.

Confira o vídeo deturpado logo abaixo.

Vice-PGR, Lindôra Araújo  solicitou que, antes do encontro, o STF notifique o parlamentar para que ele se pronuncie em 15 dias. Ela afirmou em despacho que a “inobservância desse dispositivo pode dar causa à nulidade do processo" e acredita que a competência para julgar o caso é do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda de acordo com a vice-procuradora, o suposto crime foi cometido no exercício do cargo de deputado, motivo pelo qual Eduardo Bolsonaro teria direito à imunidade parlamentar.

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