Política

Deputados bolsonaristas na Bahia comentam prisão de extremistas em Brasília; saiba o que disseram

Apoiadores extremistas de Bolsonaro foram levados até à sede da PF, na capital federal, após os atos terroristas do último domingo (8)  |  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 11/01/2023, às 14h18   Marcelo Camargo/Agência Brasil   Yuri Abreu

Os deputados estaduais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Bahia reagiram à prisão dos apoiadores mais extremistas do liberal que foram presos e levados até a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, após os atos terroristas do último domingo (8).

Em uma rede social, nesta quarta-feira (11), o deputado estadual Capitão Alden (PL) postou uma imagem "printada" a partir de um vídeo de um seguidor na qual aparecem crianças e outras pessoas dormindo em colchões no ginásio da corporação na capital federal.

"A história não perdoará os abusos que feriram de morte os direitos humanos de crianças, adolescentes, idoso e *pets* "presos para averiguação" no que se assemelha um campo de concentração. Parece brincadeira, mas a coisa é séria!", escreveu na legenda da foto o parlamentar baiano.

 

Na terça-feira (10), a deputada Talita Oliveira (Republicanos) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma moção através da qual lamentou o tratamento dispensado pela Polícia Federal às pessoas detidas em frente ao quartel-general do Exército.

Segundo a parlamentar, os manifestantes têm sido acusados injustamente de vandalismo.
“Repudio veementemente a detenção de aproximadamente 1.500 manifestantes que se concentravam em frente ao quartel-general do Exército Brasileiro, custodiadas de forma desumana na sede da Polícia Federal em Brasília, postos em um ginásio de esportes da Academia da PF, totalmente insalubre, sem fornecimento de água e comida por várias horas, o que fez com que muitas pessoas passassem mal sendo levadas para hospitais da região, por não terem o mínimo de estrutura digna, para recebê-los”, criticou.

Ela ainda desabafou acerca do comportamento da polícia. “Gostaria de expressar minha tristeza e repudio a este ato, produzido de forma ilegal, sendo lamentável, pois, estamos falando de força policial que deveria estar ali para exercer a sua missão de zelar pelo humanismo, pelo respeito e a dignidade da pessoa e a paridade de tratamento independente de ideologias políticas”, opinou.

Na Justiça

Além de comentar as prisões dos extremistas, o deputado estadual eleito, Leandro de Jesus (PL) afirmou, em uma rede social, que acionou órgãos como o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no intuito de apurar, segundo ele, possíveis arbitrariedades nas prisões coletivas realizadas na capital federal.

"Não concordo com atos de vandalismo, depredações ou violência. Contudo, é notório que muitos não participaram de tais atos! Condutas na persecução penal devem ser individualizadas", disse o liberal.

O advogado ainda salientou que está acompanhando possíveis ilegalidades na prisão coletiva, a exemplo das condições oferecidas a essas pessoas.

"É preciso acompanhar não apenas possíveis ilegalidades na prisão coletiva, bem como se faz necessário atuar para evitar desumanidades, tortura e maus-tratos. O estado não deve fazer da punibilidade meio de vingança e perseguição, portanto, esperamos sensatez das autoridades", pontuou.

Protocolei junto ao MPF, DPU e OAB pedido de providências para que os direitos das pessoas submetidas a prisão coletiva em Brasília sejam garantidos. A persecução penal não deve servir a vingança estatal.
Repudio totalmente os atos de violência e depredação em Brasília, contudo👇🏽 pic.twitter.com/GT8XFCz2eJ

— Leandro de Jesus (@VouComLeandro) January 10, 2023

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Tags Brasília polícia federal Jair Bolsonaro Talita Oliveira capitão alden leandro de jesus ato terrorista

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