Política

Em Portugal, Lula volta a criticar privatização da Eletrobras e taxa de juros

Na oportunidade, o presidente apontou para alta nos salários da administração da antiga estatal, em especial o dos conselheiros  |  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 24/04/2023, às 09h41   Marcelo Camargo/Agência Brasil   Daniel Serrano

Durante o seu discurso em uma reunião com empresários em Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer críticas às privatizações feitas pelos seus antecessores, em especial a da Eletrobras.

O petista disse que nos últimos seis anos o país vendeu patrimônio "simplesmente para pagar juros da dívida pública" e criticou a alta nos salários da administração da antiga estatal, em especial na remuneração dos conselheiros da companhia.

"Quando essa empresa foi vendida, a primeira coisa que a diretoria fez foi aumentar seus salários, de R$ 60 mil para R$ 360 mil por mês", disse Lula nesta segunda-feira (24), no Fórum Empresarial Portugal-Brasil, realizado em Matosinhos, no Norte do país europeu.

"Se você quiser ver apenas um absurdo, eu agora tenho de indicar um conselheiro para essa empresa. Um conselheiro dessa empresa, para trabalhar uma vez por mês, ganha R$ 200 mil", acrescentou.

Lula ainda aproveitou a oportunidade para voltar a atacar a taxa de juros cobrada pelo Banco Central, atualmente em 13,75%. "A nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é a taxa referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%. Ninguém. Não existe mais dinheiro barato", disse.

"A verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro tem de circular. Não apenas na mão de poucos, mas na mão de todos", finalizou.

Classificação Indicativa: Livre


Tags Lula banco central privatização eletrobras taxa de juros

Leia também


Xuxa vs Zambelli? Entenda a disputa judicial entre Rainha dos baixinhos e apoiadora de Bolsonaro


8 de Janeiro: julgamento de golpistas termina nesta segunda-feira (24)


Arthur Lira é peça-chave para governo Lula na CPI dos atos golpistas; entenda