Após manutenção da taxa de juros em 13,75%, especialista avalia que Selic deve "começar a cair no segundo semestre"

Após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu nesta quarta-feira (22) - e a despeito das muitas críticas feitas pelo presidente Lula e aliados - o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%. As críticas eram sobre o efeito dos juros sobre a atividade econômica. Essa a quinta vez que a instituição financeira mantém a taxa neste nível.

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Já nos Estados Unidos, o Fed, banco central americano, elevou os juros em 0,25 ponto percentual - este é o nono aumento consecutivo da taxa. O processo ocorre em meio a recente crise enfrentada pelo setor bancário do país e foi decidida de maneira unanime. Com a deliberação, de acordo com o jornal O Globo, agora os juros estão na faixa entre 4,75% e 5%, maior nível desde 2007.

ANÁLISE

A pedido do BNews Economia & Mercado, o sócio da ACT Investimentos, Felipe Gomes, fez uma breve análise dos restultados divulgados na Super Quarta. Em entrevista ao BNews, Felipe reiterou que o Copom manteve a Selic em 13,75%, em decisão unânime, e pela quinta vez seguida, como era esperado. E destacou que a decisão foi coerente dentro do contexto atual da economia brasileira.

"O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui 2023 e, em maior grau, 2024. Além disso, pesa sobre a decisão a falta de uma sinalização do governo em relação ao arcabouço fiscal", afirmou.

O especialista também destacou que a taxa Selic deve começar a cair ainda esse ano: "A recente pressão do presidente Lula e base governista para baixar a taxa SELIC parece não ter surtido efeito até o momento. A expectativa do mercado é que a Selic comece a cair no segundo semestre de 2023, encerrando o ano em 12,75%".

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Já sobre elevação do juros nos EUA, Felipe Gomes salientou que é o nono aumento consecutivo desde março de 2022 na tentativa de conter a inflação americana.

"Alguns analistas acreditavam em uma possível manutenção da taxa devido à recente crise bancária iniciada pela quebra do banco Silicon Valley Bank. O principal ponto da crise foi o prejuízo causado nas carteiras dos bancos causado pelo aumento dos juros. Assim, o FED sinaliza que o combate à inflação é a sua prioridade", disse ao BNews.