Política

Futuro ministro de Lula "dá golpe" no Centrão ao confirmar nome para a Educação; entenda

Anúncio de futuro ministro de Lula foi feito nesta terça-feira (27)  |  Ricardo Stuckert/PT

Publicado em 27/12/2022, às 16h30   Ricardo Stuckert/PT   Cadastrado por Yuri Abreu

O futuro ministro da Educação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Camilo Santana, "aplicou um golpe" no Centrão, nesta terça-feira (27), ao confirmar o nome que vai gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O órgão foi um dos alvos de escândalos de corrupção durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), momento em que foi comandado por membros que fazem parte do bloco de partidos que deu sustentação à administração do liberal. Na oportunidade, o Fundo viu uma explosão de empenhos para atender aliados e até burla no sistema interno para liberar novas obras.

São do FNDE os recursos negociados por pastores sem cargo em troca de barras de ouro, segundo denúncias. Foram elas que levaram o então titular da pasta, Milton Ribeiro, a deixar o cargo uma semana depois de o caso vir à tona.

Também são da autarquia os R$ 26 milhões transferidos para a compra de kits de robótica em cidades com deficiências de infraestrutura, mas com contratos com empresa de um aliado do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

O Fundo é constante alvo de assédio político, segundo o jornal Folha de S.Paulo, por causa do volume de dinheiro e capilaridade de atuação.

Desta vez, o Fundo será comandado pela atual secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba. Ela é da auditoria fiscal da Receita Estadual do Ceará desde 2009, segundo currículo divulgado por ela nas redes sociais. Ela é doutora em direito tributário e mestre em direito constitucional.

Anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na semana passada, Camilo Santana também confirmou que a atual governadora do Ceará, Izolda Cela, será a secretária-executiva do MEC.

Ela era a vice de Camilo no governo e assumiu o Estado depois que ele renunciou para disputar uma vaga no Senado.

Izolda chegou a ser cotada para assumir o comando do MEC, mas a vaga acabou indo para Santana. Com isso, ela passou a ser cotada para ser a secretária-executiva da pasta (o cargo é o número dois) ou para assumir a secretaria de Educação Básica.

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