Política
Publicado em 30/05/2022, às 20h22 Clauber Cléber Caetano/PR Redação
Após as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (30), de que "outros servidores" seriam o problema para conceder o reajuste aos policiais, os funcionários públicos federais do Judiciário reagiram, também no dia de hoje à declaração do mandatário.
Lucena Pacheco, coordenadora-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público da União (Fenajufe), afirmou que Bolsonaro traiu os policiais e está tentando "criar uma cortina de fumaça para dividir a luta das categorias".
"A inflação corrói o poder de compra de todos os servidores no supermercado, no posto de gasolina e no aluguel", diz ela, afirmando que a estratégia do presidente é ineficaz.
"Não pedimos nada além da recomposição inflacionária para todo o funcionalismo, sem discriminação ou favorecimentos. Inclusive para os policiais. Bolsonaro pode terminar seu mandato como o único governo pós redemocratização a dar 0% de reajuste ao funcionalismo público", completa Lucena, em declaração a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
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Na semana passada, o governo decidiu elevar o tamanho do corte no Orçamento deste ano para acomodar um reajuste para os servidores federais. O valor deve subir para R$ 13,5 bilhões.
O corte maior do que o previsto vem depois que o presidente Jair Bolsonaro anunciou que, embora haja estudos para privilegiar policiais com aumentos diferenciados, a tendência do governo é conceder um reajuste de 5% para os servidores públicos neste ano.
A Fenajufe, no entanto, afirmou que essa proposta é insuficiente. Nesta terça-feira (31), os servidores do Judiciário farão um ato com 500 pessoas na Câmara dos Deputados.
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