Política
Publicado em 18/11/2022, às 17h42 Antônio Cruz/Agência Brasil Yuri Abreu
Ex-ministro da Fazenda nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, Guido Mantega era um dos homens de confiança do Grupo de Transição do presidente eleito e chegou a ser anunciado, na semana passada, para integrar a parte responsável pelo planejamento, orçamento e gestão.
Porém, na quinta-feira (17), o economista pegou muita gente de surpresa ao anunciar a renúncia dele ao posto. Em carta endereçada ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), Mantega afirmou ter tomado a decisão por ver que os adversários estão tumultuando o processo de transição e buscando criar dificuldades ao novo governo.
A participação do ex-ministro na equipe se daria de forma voluntária porque ele está inabilitado, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais, na gestão Dilma Rousseff.
"Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo", disse Mantega na carta.
"Estou confiante de que a Justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação", completou.
Porém, integrantes da equipe de Lula viram com alívio a renúncia, uma vez que ele vinha causando desgaste à equipe, além de ter baixa credibilidade na área econômica.
A avaliação interna, de acordo com o site O Bastidor, era de que ao fazer declarações sobre economia, Mantega jogava para o mercado a mensagem de que, ao contrário de uma formação de uma frente ampla, Lula queria mais PT na economia.
Polícia Militar apreende 15 quilos de maconha em Sussuarana Velha; assista
Rui Costa e mais três: saiba quem são os únicos aliados que Lula admite querer na Esplanada em 2023
Sumido, mas nem tanto: saiba onde Jair Bolsonaro tem sido bastante ativo após derrota nas eleições