Salvador

Motorista de Salvador acusada por passageira de racismo se defende; confira o que ela diz

A motorista está sendo acusada de racismo por uma advogada negra de Salvador  |  Reprodução/TV Record Itapoan

Publicado em 07/12/2022, às 12h58 - Atualizado em 08/12/2022, às 07h42   Reprodução/TV Record Itapoan   Cadastrado por Nilson Marinho

A motorista por aplicativo que foi acusada de racismo por uma passageira advogada, que diz ter sido expulsa do veículo, deu sua versão sobre o caso. De acordo com Adriele Silva, ela parou uma viatura policial na Avenida San Martin, em Salvador, porque não se sentiu segura ao identificar que a pessoa que pediu a corrida foi diferente daquela que fez o pagamento via PIX.

A passageira solicitou a corrida pela conta da mãe na noite de segunda-feira (5). O ponto de partida foi o Aeroporto Internacional de Salvador e o destino final seria São Caetano, onde mora. Já o pagamento foi feito por meio da sua própria conta bancária.

"Ela se identificou com Adgna [nome da mãe] e entrou no veículo. Senti ela bem agitada. Ela sentou e ficou no celular e segui viagem. Em um determinado momento, eu disse que vi que a corrida estava em dinheiro e perguntei se a corrida seria mesmo paga em dinheiro ou via PIX. Ela disse que tinha um saldo e que o restante seria pago via PIX. Quando ela fez o PIX percebi que eram pessoas diferentes", comentou a motorista em entrevista à TV Record Itapoan.

Advogada negra de Salvador diz ter sofrido racismo durante uma viagem em uma plataforma de transporte. Ela afirma que foi obrigada a deixar o carro após a motorista suspeitar de uma "emboscada". pic.twitter.com/D3StZv9aeX

— BNews (@bnews_oficial) December 6, 2022

"Mais à frente, avistei uma viatura, parei os policiais e disse que estava tentando finalizar uma corrida, mas estava com medo. Ela desceu do veículo com a carteira da OAB em mãos dizendo que iria ferrar com a minha vida. O que me deixou mais assustada foi o fato de ter dois nomes diferentes. Hoje em dia, passamos por muitas coisas, vemos motoristas sendo assaltados, mortos e sequestrados. Eu, mulher vulnerável, às 22h, na rua, tentando levar comida para minhas filhas”, completou Adriele.

A motorista diz ter sido banida da plataforma de viagens, a sua única fonte de renda. A passageira, por sua vez, afirma que levará o caso à Justiça. O BNews procurou o aplicativo de transporte, mas, até o momento, a empresa não se manifestou sobre o ocorrido.

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