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Vinho tem substância que fortalece a memória, diz estudo

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Tanto em vinho, como em chá, além de fruta e vegetal, a substância marca presença  |   Bnews - Divulgação Foto: Unsplash

Publicado em 30/11/2022, às 07h19   Cadastrado por Pedro Moraes


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A perda de memória e o declínio cognitivo são vistos como dores de cabeça em muitas pessoas em todo o mundo. Mas uma das soluções para esses problemas pode estar dentro de bebidas como vinho. De acordo com um novo estudo, publicado na revista científica Neurology por pesquisadores do Centro Médico da Universidade Rush, nos Estados Unidos, indica que a substância intitulada de flavonol pode ajudar na redução desses dois aspectos citados anteriormente.

O composto está dentro do quadro dos flavonoides, um bioativo que comprovou ter caráter antioxidante e anti-inflamatório. Para atestar essa máxima, os cientistas avaliaram cerca de 961 participantes do Projeto de Memória e Envelhecimento Rush. Nesse meio, idosos de 60 a 100 anos em Chicago, nos EUA, sem diagnóstico de demência, foram acompanhados durante um período de 7 anos. 

Através de um questionário alimentar, os pesquisadores monitoraram individualmente a dieta de cada um deles, atrelado à condução anual de uma bateria de 19 testes que analisaram o desempenho cognitivo de cada um.

Separados em 5 grupos baseado na ingestão de flavonóis, dois coletivos dos voluntários apresentaram as seguintes propostas: o mais baixo consumia aproximadamente 5 mg por dia; e o mais alto, 15 mg. Depois do ajuste dos dados para descartar os fatores que influenciam o risco para perda cognitiva, a exemplo do tabagismo, predisposição à doença de Alzheimer e atividade física, os cientistas notaram que o alto consumo do composto esteve realmente conectado a uma redução no ritmo do declínio.

"É emocionante que nosso estudo mostre que fazer escolhas alimentares específicas pode levar a uma taxa mais lenta de declínio cognitivo. Algo tão simples como comer mais frutas e vegetais e beber mais chá é uma maneira fácil de as pessoas assumirem um papel ativo na manutenção da saúde do cérebro”, garante o autor do estudo Thomas Holland, pesquisador da universidade, em comunicado.

Os pesquisadores utilizaram uma escala que avalia a cognição, para notar esse impacto. Situada nos 19 testes, foi atribuída uma nota que circulou entre 0.5, mais alta, relacionada àqueles sem problemas cognitivos, e -0.5, índice considerado mais inferior, associado aos casos diagnosticados de Alzheimer. 

Apesar da redução dessa taxa no decorrer dos anos representar um caráter normal no envelhecimento, o ritmo bateu 0.4 unidades por década mais devagar no meio daqueles que consumiam as quantidades mais superiores de flavonóis.

Atenção

Apesar do vinho também ser um bebida conhecida por conter flavonóis, os pesquisadores indicam que o seu maior consumo não seja efetuado, visto que que ultrapassar uma dose diária, ou seja, uma taça, pode ocasionar problemas de saúde, como um aceleramento do envelhecimento genético, além do maior risco de problemas no fígado.

Onde estão os flavonóis em alta?

Por fim, o estudo analisou também quais flavonóis são melhores tomando como referência quatro subcategorias. A redução de maior impacto no ritmo do declínio cognitivo foi identificada entre aqueles que ingeriram mais kaempferol, presente em alimentos como couve, feijão, chá, espinafre e brócolis. 

Na segunda colocação, estava o tipo quercetina, encontrado em tomate, couve, maçã e chá. Já o terceiro tipo de flavonol mais benéfico foi a miricetina, encontrada em chá, vinho, couve, laranjas e tomates. No mais, a isorhamnetina, presente em peras, azeite, vinho e molho de tomate, não teve ligação a reduções significativas na perda da cognição.

Classificação Indicativa: Livre

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