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Em artigo, líder espírita diz que "precisamos participar mais ativa e responsavelmente, conhecendo as ações de quem confiamos o valor do nosso voto"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/07/2018, às 07h26   José Medrado*


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É impressionante como o cinismo, em um vale tudo, da maioria dos políticos, para ganhar as eleições, extravasa as raias do aceitável e chega ao acinte da chacota ao eleitorado. Foi o que aconteceu, entendo,  recentemente com os rasgados elogios de um candidato à presidência da república ao presidente do PTB, Roberto Jeferson, que é o pai da deputada que foi impedida de assumir o Ministério do Trabalho por escândalos trabalhistas, tendo ainda o interino indicado, em sua sucessão, que se demitiu, acusado de ilícitos em registros de sindicatos no mesmo Ministério, sem falar do mensalão que o senhor Jeferson foi condenado. 

E mais: é o partido que tem mais membros de sua cúpula diretiva presos. Se tudo isto não fosse o suficiente para evidenciar a promiscuidade da busca de apoio, seja de quem for, esse mesmo candidato ainda posta em seu Twitter: “Foi uma honra participar hoje da convenção do PTB". E coroa: "estamos juntos para unir, pacificar e fazer o Brasil avançar". É preciso dizer mais alguma coisa? No entanto, que tipo de avanço ele se referiu? Não ficou claro.

Infelizmente, e por força, de desinformação generalizada há um equívoco crescente na população de que a eleição pode ser anulada caso os votos brancos e nulos atinjam determinada porcentagem no resultado, na prática não acontece. Esses tipos de voto, é fato, não servem para nada, só para facilitar a manutenção dos mesmos de sempre. A preocupação deveria ser em se vigiar o mandato dos escolhidos, como forma de controle e fiscalização, aproveitando da grande penetração atual das redes sociais para cobrar, divulgar os feitos e não feitos, e fazer valer compromissos assumidos. Porém, o que vemos é a cada dia que passa os eleitos tomando conta do cenário político, sem constrangimento algum para com a sua conduta, onde corruptos contumazes são elogiados, em detrimento do mínimo de preocupação com o que isto poderá interferir no conceito a ser feito pelo eleitorado. Ou seja: mais uma vez, no projeto político de poder, o que menos conta é o eleitor, pois o importante são os acertos, conchavos, com quem for. Pior é que para a maioria da população isto nada significa, pois a sua visão não é de coletivo, mas de conceito sobre jargões de efeito e nunca propostas de ação.

Como eleitores, precisamos participar mais ativa e responsavelmente, conhecendo as ações de quem confiamos o valor do nosso voto, a fim de que seus acertos e compromissos sejam realmente de acordo com o que esperamos que seja a dignidade do voto dado, pois se ele é nosso (o voto) somos dignos dele. Ou não?

* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.

Classificação Indicativa: Livre

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