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As dúvidas do cenário da eleição de 2024 em Salvador

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Apesar da disputa afunilar entre Bruno Reis e Geraldo Júnior, algumas definições seguem em aberto  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Daniel Serrano*

por Daniel Serrano*

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Publicado em 25/12/2023, às 06h00


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O anúncio de que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) é o pré-candidato do grupo governista para disputa pela prefeitura de Salvador nas eleições de 2024 dá um indicativo do que esperar no pleito. No entanto, fica a curiosidade do que ocorrerá em alguns pontos.

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Com a oficialização de Geraldo Jr, fica a dúvida de quem será o nome do vice. Ao que tudo indica, o cargo deve ficar com uma mulher, algo que já foi defendido por um dos caciques do PT na Bahia, o senador Jaques Wagner. A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) chegou a ser contada. No entanto, a comunista já descartou ser a “sombra” de alguém e é difícil alguém com posições tão fortes volte atrás.

O “plano B”, e favorita, para o cargo é a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Fabya Reis. Além de atender ao “critério feminino” para a formação da chapa, a secretária também pode ser importante ajudar Geraldo Júnior a conquistar parte da militância do PT e outros segmentos da Esquerda de Salvador, que ainda vê Geraldinho presidente da Câmara Municipal da capital baiana (período em que era aliado do prefeito Bruno Reis).

Uma movimentação que indica essa tentativa de melhorar a sua imagem junto ao eleitorado de esquerda, Geraldo Júnior marcou presença, ao lado de Fabya Reis, no 36º Encontro do MST na Bahia, realizada no último sábado (23). O movimento social tem uma estreita e histórica relação com o PT e tem como uma de suas lideranças o deputado federal Valmir Assunção, casado com Fabya.

Do lado Carlista da disputa, Bruno Reis (UB) tem a sua candidatura à reeleição tida como algo natural. Desde o início das especulações, a dúvida é saber quem será o vice de “Kings”. O PDT parece ser o partido da base do prefeito que terá a prioridade para a escolha, o que não minimiza a intensidade das especulações.

A vice-prefeita Ana Paula Matos sendo apontada como a favorita pelo perfil técnico. Porém, o que pega é o pouco trato político de Ana, especialmente quando lembramos que em 2026 teremos outra eleição e é natural que Bruno queira disputar uma vaga no Congresso. É aí que o nome do deputado federal Leo Prates aparece. Além de ser “mais político” que a Ana, o parlamentar não esconde o seu sonho de governar Salvador. O Republicanos corre por fora na disputa e vem cobrando mais espaço em uma eventual segunda gestão Bruno Reis.

A “surpresa” na disputa é a opção do PL, partido de Jair Bolsonaro, não querer disputar a prefeitura de Salvador. Apesar do estranhamento, não dá pra dizer que o movimento não faz sentido, já que o ex-presidente tem uma alta rejeição na capital baiana. A opção encontrada é estreitar relação com Bruno Reis. Resta saber se esse “ranço” do eleitorado vai afetar o prefeito.

*Daniel Serrano é repórter de política do BNews

Classificação Indicativa: Livre

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