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Medo de quê?

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Há uma necessidade premente de se discutir projetos de governo  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 09/05/2022, às 10h27   José Medrado


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O Brasil está entrando e saindo de cortinas de fumaça, tipo bomba de efeito, em desvio de questionamentos urgentes nestes poucos meses que nos separam das eleições. Há uma necessidade premente de se discutir projetos de governo, e os candidatos se perdem em suas retóricas sem qualquer consideração com o seu eleitorado. Nesse campo, o atual governante federal tem estimulado o bafejo cada vez mais vaporoso dos bajuladores de plantão, que o estimulam a condutas nocivas ao equilíbrio do País e das suas certezas democráticas, frágeis, verdade, mas democráticas sim.  Claro que se torna sempre preciso e veemente que a sociedade se contraponha a retrocessos democráticos, a fim de que não tome apenas como bravatas o tal jogar o barro na parede, porque se colar...Estamos vendo o absurdo da Forças Armadas, em especial o Exército, querendo tutelar eleições, ser fiscalizador do processo eleitoral ao qual não se mostra com vulnerabilidade alguma. Ponto para o ministro Edson Fachin que instado a ter uma audiência no mesmo dia com o ministro da Defesa, não ofereceu agenda. Importante sinalização.

Ora, não importa se o discurso das Forças Armadas tem tendência bajulatória ou real interesse em algo inconfessável, o que precisa ser feito é as Forças Armadas voltarem para os quartéis, para a caserna, tirando-as do cenário político-partidário nacional, ou então que os propugnadores de interesses civis eleitorais que vão para a reserva. As Forças Armadas não são um dos Poderes da Nação, é estrutura de Estado, que se recolham as suas funções constitucionais. O fato é que quaisquer atitudes em outra direção, constituem-se afronta à República e aos seus Poderes regiamente constituídos pela Magna Carta de 88. A interpretação da Constituição não está no rol dos compromissos das Formas Armadas e sim do Supremo Tribunal Federal, instância maior de um dos reais Poderes da Nação.  As definições de competência precisam ser fortemente ratificadas para que arroubos de poderes fantasmas não assombrem a já tão inquieta população brasileira por conta de tudo. Vejo o Congresso Nacional apoitado nos seus interesses, só agora que o presidente do Congresso tem evidenciado um tom mais elevado, ainda que tíbio da posição do Poder que preside.  A Câmara Federal é presidida pelo deputado Arthur Lira...sem comentários.

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