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Bnews Cop26: Sem Bolsonaro, ministro do Meio Ambiente inicia participação brasileira nesta segunda

Roque de Sá/Agência Senado
Oficialmente, o encontro de líderes globais, em Glasgow, Escócia, para, entre outros assuntos, debater a diminuição das emissões de gás carbônico e uso de combustíveis fósseis em todo mundo, teve início no último domingo (31)  |   Bnews - Divulgação Roque de Sá/Agência Senado

Publicado em 01/11/2021, às 08h07   Redação BNews


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O Brasil inicia sua participação na  Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26,  nesta segunda-feira (1º) com a fala do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em um contexto de ausência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao evento. 

Oficialmente, o encontro de líderes globais, em Glasgow, Escócia, para, entre outros assuntos, debater a diminuição das emissões de gás carbônico e uso de combustíveis fósseis em todo mundo, teve início no último domingo (31).

Nesta segunda, são esperados ao menos 120 chefes de Estado e de governo na abertura formal. De acordo com informações da CNN Brasil, Leite se pronunciará, à distância, a partir das 11h. O pronunciamento do ministro também será transmitido ao vivo a partir do pavilhão montado na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em Brasília. 

Leite só viajará para Glasgow na semana que vem, quando chefiará a delegação brasileira no Reino Unido. O evento se estenderá até o próximo dia 12 de novembro. A participação de Bolsonaro no evento ficará restrita a uma aparição por vídeo, nesta segunda, para apresentar a nova meta de redução de emissão de gases de efeito estufa. 

A meta atual do governo para 2030 é 43%. O novo número ainda está em discussão, mas deve ficar entre 45% e 48%. O País está sob pressão para elevar sua meta, após vários países aumentaram as suas, motivados por novas evidências científicas de que o anteriormente anunciado não será suficiente para manter o aquecimento global em no máximo 2ºC até 2050, e preferencialmente 1,5ºC— a meta do Acordo de Paris.

Como principal autoridade do Brasil na COP26, Leite ficará responsável por apresentar e defender as ações do Brasil contra a mudança climática aos mais de 190 países presentes no encontro e à imprensa mundial. Ele assumirá a função de tentar reverter a imagem que o governo cultivou internacionalmente, em relação ao desmatamento para atividades agropecuárias legais e ilegais.

Ainda segundo a CNN Brasil, o ministro deve apresentar um estudo da Embrapa que aponta a preservação de 280 milhões de hectares de floresta no Brasil por causa da atividade agropecuária. De acordo com o órgão, a pesquisa é realizada com dados de Censo Agropecuário 2017, mas foi atualizado com dados do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR).

Outra missão de Leite será negociar valores para financiamento de atividades de combate ao desmatamento. “O ministro também defenderá o mercado de carbono e um financiamento climático maior de países ricos às nações em desenvolvimento”, diz o Ministério do Meio Ambiente em um comunicado.

Durante conferência em Roma, neste final de semana, a cúpula do G20 concordou em criar um fundo de R$ 100 bilhões em ajuda a países vulneráveis para combater problemas relacionados à mudança climática e seus efeitos. 

Na solicitação de dinheiro a países de economia desenvolvida, pesa contra o Brasil o fato de o governo Bolsonaro ter congelado R$ 1,4 bilhão em benefício a projetos do Fundo Amazônia para combate ao desmatamento e recuperação florestal. O Brasil vai contar com a presença de 13 governadores na COP26. 

São eles: João Doria (PSDB), de São Paulo; Mauro Mendes (DEM), do Mato Grosso; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Camilo Santana (PT), do Ceará; Gladson Cameli (Republicanos), do Acre; Marcos Rocha (PSL), de Rondônia; Wellington Dias (PT), do Piauí; Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina; e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul.

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