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Bahia discute ações de prevenção e combate à mosca da carambola

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O inseto representa risco à cadeia produtiva da fruticultura  |   Bnews - Divulgação Divulgação Gov.com

Publicado em 22/11/2023, às 19h19   Cadastrado por Catarina Alcantara


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Técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adab) se reuniram, nesta quarta-feira (22), para discutir sobre uma praga que vem assolando as plantações de carambola nos últimos tempos, a "mosca da carambola".

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O inseto é considerado uma praga quarentenária sem registro na Bahia e representa risco à cadeia produtiva da fruticultura. Por conta disso, no dia 13/11, decretou-se estado de emergência fitossanitária em quatro estados da região norte do Brasil pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A Bahia é o estado que mais exporta frutas frescas no Brasil e qualquer registro da mosca pode inviabilizar o comércio interestadual e internacional de manga e uva, que movimentam mais de 2 bilhões de reais por ano.

“A preocupação com essa praga é real e a Seagri já se articula com a defesa sanitária, Mapa e os produtores para criar estratégias que mantenham o inseto longe. A cada hectare de uva plantado na Bahia, por exemplo, são gerados quatro empregos formais, o que demonstra a importância social e econômica da preservação da fruticultura em nosso estado”, explica o chefe de gabinete da Seagri, Luiz Rezende.

A reunião desta quarta contou com a participação do professor e pesquisador da Embrapa, Antônio Nascimento, uma das maiores autoridades no assunto. Foi sob a liderança dele que foi criado o tratamento hidrotérmico, técnica que consiste em mergulhar frutas de até 425 gramas em água aquecida a 46ºC por 75 minutos e frutas entre 426g e 650g, por 90 minutos. O processo mata ovos ou larvas do inseto que estejam presentes e já é usado para a manga exportada pela Bahia para Europa e Estados Unidos.

Esse método, de acordo com o pesquisador, pode ser aplicado no caso da mosca da carambola, mas antes precisam ser realizados novos testes. E é com esse objetivo que a Seagri se articula para buscar recursos e parcerias que permitam tirar esse planejamento do papel e garantir aos mercados interno e externo as boas condições das frutas baianas.

Além do tratamento hidrotérmico, os técnicos indicaram também a necessidade de medidas que evitem a chegada da praga a Bahia, como barreiras sanitárias em aeroportos e rodovias, além do monitoramento das populações da mosca no campo, a fim de subsidiar o combate feito com métodos isentos de químicos, como a instalação de iscas no pomar e outras técnicas de manejo integrado de pragas (MIP).

Classificação Indicativa: Livre

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