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Brasil produziu 46 milhões de toneladas de mel em 2021, aponta associação

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O consumo de mel no Brasil ainda é um dos menores do mundo  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 02/08/2022, às 17h59   Redação BNews


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Dados da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL) apontam que em 2021, o Brasil produziu 46 milhões de toneladas de mel. Segundo as projeções da entidade, em 2035, serão vendidas 250 milhões de toneladas por ano.

De acordo com Associação Brasileira de Estudo das Abelhas, o consumo de mel no Brasil ainda é um dos menores do mundo, apenas 60 gramas per capita por ano, enquanto a média mundial está em 240 gramas.

Para incentivar o consumo no país, o professor Armindo Vieira Júnior, à frente da Cia da Abelha e referência em apicultura no Brasil, destaca a importância do insumo para a saúde, uma vez que ele é rico em ansiosidades. O professor explica que não é o tom que garante a qualidade do mel e sim o bioma no qual ele foi produzido.

“Para se ter uma ideia, hoje existem 256 tonalidades de mel de abelha, com propriedades e sabores diferentes. Mas é importante que as pessoas saibam que a qualidade do mel não está relacionada à sua cor. Culturalmente, o consumidor brasileiro acredita que o mel para ser bom, tem que ser escuro. E isso não é verdade. O mel orgânico do Brasil, independentemente da sua cor, é um produto excelente para o consumo. A cor do mel varia de acordo com a origem botânica. Vai depender do local onde a abelha buscou o néctar. Por exemplo, o mel no Acre é mais avermelhado, porque tem muito mel de coqueiro, que é do açaizeiro. No estado de Goiás, 70% da produção do mel é do tipo cipó-uva, que é um mel mais clarinho. Cada flor e cada néctar vão originar uma tonalidade diferente para o mel”, explica o professor Armindo.

O professor ainda ressalta que o mel com tonalidade preta é riquíssimo em sais minerais, sendo ideal para crianças que não se alimentam bem, que têm dificuldades de concentração ou com anemia. “O mel com pólen triturado é um verdadeiro biotônico Fontoura, só que sem álcool. Em poucos dias a criança vai comer como um leãozinho”, brinca o empresário e apicultor.

De acordo com a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nº11 de 20 de out/2000, o mel que não se origina nas flores ou em plantas, não é considerado mel. “No exterior, por exemplo, eles esmagam uma fruta e dão o caldo dessa fruta para abelha e fazem o mel. O chamado mel expresso de maçã, vem do suco de maçã ou o mel expresso da manga, vem do suco da manga. É um produto natural, mas que não teve origem nas plantas e nem nas flores. Aqui no Brasil, isso é considerado um produto falsificado. A nossa legislação ainda está atrasada se comparada ao resto do mundo”, lamenta o professor.

Além disso, o professor Armindo Vieira alerta que produto que não tem rótulo, não é mel. E que todo produto que está à venda tem que ter rótulo. “O código de Defesa do Consumidor determina que todo produto tem que ter uma origem, nome, identificação, contato de quem produziu, contato de quem embalou, quem distribuiu, data de fabricação, data de validade e central de atendimento ao consumidor”, finaliza.

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