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Federação da Agricultura da Bahia celebra robustez do Plano Safra 2022/2023

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Ciclo bate recorde de incentivo do governo à produção agropecuária nacional  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 30/06/2022, às 18h07   Redação BNews


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No calendário agrícola brasileiro, primeiro de julho marca o início da próxima safra. Os produtores rurais irão contar com R$ 340,88 bi para sustentar a produção agrícola nacional até junho do ano que vem, anunciou o Governo Federal nesta quarta-feira (29). Comparado com o plano anterior, este valor aumentou 36% e já é o maior de todos os tempos.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) acompanhou o lançamento e comemorou os números. Do total de recursos disponíveis, cerca de R$ 246 bilhões serão usados ​​para financiar e comercializar a produção agrícola, um aumento de 39% em relação ao ano passado. Já os quase R$ 95 bilhões restante serão para investimentos, um incremento de aproximadamente 30%.

O presidente da Federação, Humberto Miranda, avaliou positivamente o novo plano. "A demanda por alimento e demais itens agrícolas não para de crescer, exigindo da atividade o mesmo ritmo de desenvolvimento. Então, nada mais justo que os investimentos no setor também sejam ampliados. Esta é uma luta do Sistema Faeb, Senar e CNa", pontuou.

Além do valor recorde, Miranda citou outro fator positivo: a melhoria do acesso ao crédito rural para os produtores por meio de taxas de juros em patamares favoráveis ​​à atividade rural em relação às taxas livres de mercado. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) tem juros anuais de 5% e 6% para pequenos e médios produtores, e o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) tem juros de 8%.

"As condições anunciadas foram as melhores possíveis frente ao cenário de inflação e altas taxas de juros. Soma-se a isso o aumento nos custos de produção. Por isso, reconhecemos o esforço do governo em aportar esse recurso diante de um cenário adverso. O desafio agora é fazer com que a verba chegue o quanto antes aos produtores, principalmente os pequenos e médios, para que eles comprem insumos e iniciem o plantio de mais uma safra, a qual desejamos que seja recorde em produção e produtividade para atender à crescente demanda mundial”, defendeu.

O diretor da Faeb, Moisés Schmidt, que acompanhou o lançamento do Plano Safra em Brasília, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, enfatizou que a liberação do recurso movimenta toda economia, pois gera mais empregos. “Durante o plantio e a colheita as fazendas contrataram mais mão de obra. E toda essa movimentação reflete da porteira para fora da fazenda, chegando às cidades, uma vez que movimenta logística e transporte, sem falar no grande benefício geral que é a segurança alimentar. E este Plano Safra vem para trazer essa garantia de plantar mais e, consequentemente, empregar mais. Afora o recurso destinado ao plantio, ele fortalece e estimula também o armazenamento, com índice destinado ao estoque, ou seja, ao armazenamento da produção já colhida", disse.

Letra de Crédito e Sustentabilidade

O novo plano Safra também aposta na diversificação das fontes de financiamento, com mais recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para aquisição de direitos creditórios do agronegócio. Foi estabelecido um aumento, de 50% para 70% na faculdade de uso dos recursos da LCA para a aquisição desses direitos creditórios. A expectativa é que a medida gere uma maior participação do mercado de finanças privadas do agro, com a expansão de títulos como a CPR, CDCA, CRA, além da LCA.

O Plano também prioriza as técnicas sustentáveis de produção agropecuária. O Programa ABC, que financia a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas (ILPF) e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, contará com R$ 6,19 bilhões. As taxas de juros são de 7% ao ano para ações de recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanente e de 8,5% para as demais.

Além do Programa ABC, o novo Plano Safra prevê o incentivo à utilização de fontes de energia renovável. Outra novidade é o financiamento de remineralizadores de solo (pó de rocha), que tem o potencial de reduzir a dependência dos fertilizantes importados. O Plano Safra 22/23 manteve, ainda, o programa Proirriga, que contempla o financiamento de todos os itens inerentes aos sistemas de irrigação, inclusive infraestrutura elétrica, reserva de água e equipamento para monitoramento da umidade no solo. Serão disponibilizados R$ 1,95 bilhão, maior aumento de recursos entre os programas de investimento (+44%), com carência de três anos e prazo máximo de reembolso de 10 anos.

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