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Mercado de lácteos registra grande queda após pico em julho

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Nas últimas três semanas de agosto, o setor lácteo recuou consecutivamente, encolhendo 10,4%  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 28/08/2022, às 12h25   Redação BNews



O mercado de lácteos teve mais uma valorização no mês de julho, com alta generalizada de preços. O valor de referência, utilizado como base na negociação entre produtores e indústrias, registrou alta de 17,2% para o litro de leite. A informação é do Conselho Paritário Produtores/Indústria de Leite do Paraná (Conseleite-PR).

Nas últimas três semanas de agosto, o setor lácteo recuou consecutivamente, encolhendo 10,4%. Ou seja, as projeções são de que o valor de referência fique em R$ 2,81 para o leite entregue em agosto a ser pago em setembro.

“Para julho, tínhamos expectativas de preços recordes. Esse alta se confirmou, mas em agosto o mercado virou. Agora, estamos verificando um recuo gradativo em derivados importantes”, disse o vice-presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi.

“Além disso, neste ano, temos tido uma menor captação em relação a anos anteriores. Isso corrobora para preços mais elevados”, diz Volpi.

Produtos lácteos em queda

Segundo reportagem do Canal Rural, a interrupção na sequência de altas no mercado lácteo se deve ao desempenho de produtos, como mussarela, leite UHT e queijo prato

Por causa da alta em julho, esses derivados tiveram queda significativa em agosto: o UHT despencou 17%; o mussarela caiu 10%; e o queijo prato, 4,7%.

“Ainda assim, esses produtos seguem com valores nominais bem acima dos registrados no início do ano”, destacou Volpi.

Alguns derivados que não têm comercialização tão expressiva perderam menos preço.

Sem uma comercialização tão expressiva, alguns derivados perderam menos preço: parmesão, que recuou 1,2%; bebida láctea, que teve queda de 1,1%; e do creme de leite, de 2,1%. Apenas quatro itens do mix de comercialização mantiveram a alta: leite pasteurizado (2,4%); leite em pó (12,2%); doce de leite (4,2%); e iogurte (2,1%).

“Temos enfrentando uma série de dificuldades, começando por questões climáticas, desestímulos ao setor, culminando com muitos produtores abandonando a atividade. Neste momento, reputamos que essa queda tem a ver mais com o fato de os preços terem batido no teto para o consumidor do que com questões relacionados à produção”, avaliou.

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