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Pecuária leiteira do Brasil é de baixo carbono, garante estudo

Gisele Rosso/Embrapa
Estudo foi realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP)  |   Bnews - Divulgação Gisele Rosso/Embrapa

Publicado em 05/03/2023, às 16h07   Cadastrado por Beatriz Araújo



O plantio de árvores tem sido uma estratégia de compensação da emissão de gases de efeito estufa (GEEs) na pecuária leiteira do Brasil. Um estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) aponta que são necessárias 52 árvores por vaca nos sistemas intensivos de produção para chegar ao leite carbono zero, meta já alcançada no País, o que garante o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável e voltada para a descarbonização.

A pesquisa, publicada no jornal internacional Frontiers in Veterinary Science, avaliou o efeito de vacas holandesas (HPB – Preto e Branco) e de jersolandas no pastejo contínuo com baixa taxa de lotação e rotacionado irrigado com alta taxa de lotação, bem como através da interação entre esses dois fatores na mitigação de GEEs.

Um balanço de carbono entre as emissões de GEEs e as remoções de GEE, por meio do sequestro de carbono do solo, serviram de base para o estudo. As variáveis foram utilizadas no cálculo numérico de árvores necessário para mitigar a emissão e o chamado efeito poupa-terra.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informou que foram considerados os modelos produtivos de formato extensivo e intensivo utilizados nos pastos brasileiros. Além disso foram comparadas duas raças, a HPB e a jersolanda, tradicionalmente utilizadas no País para a produção de leite.

Na comparação entre as raças holandesas e as jersolandas, estas são mais eficientes em relação às emissões. Já quando considerado o plantio de 38 árvores por vaca, o produtor faz a compensação. Nos casos onde foi utilizada raça a holandesa, foram necessárias oito árvores a mais por vaca.

A pesquisadora Patrícia Oliveira explicou que a pecuária brasileira é realizada principalmente em pastagens, o que possibilita a demanda de redução das emissões e da pegada ambiental. Quando os bovinos são criados a pasto, a necessidade de árvores para a compensação das emissões de GEEs é menor, porque na contabilização do balanço de carbono, o sequestro de carbono do solo, positivo nos dois sistemas testados, contribui na compensação das emissões.

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