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Resíduos de cana viram mais uma fonte de produção de biogás no Brasil; confira

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Biogás é uma fonte de energia elétrica limpa, 100% renovável, além de ser uma alternativa aos combustíveis fósseis  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Freepik

Publicado em 04/07/2023, às 17h47   Cadastrado por Rafael Abbehusen


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A unidadade de Narandiba, extremo oeste de São Paulo, da Cocal, empresa produtora de energia renovável, recebeu a certificação do RenovaBio pela produção sustentável de biometano, derivado do biogás, a partir do processamento de resíduos da cana. 

É a primeira planta da categoria a ser certificada no programa brasileiro, segundo registro da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nos próximos anos, inúmeros projetos de biogás devem sair do papel no setor sucroenergético. Entre as usinas que já iniciaram operação de biogás estão a própria Cocal, a Adecoagro, Tereos e Raízen.

Dentre as para a descarbonização da matriz energética brasileira, a contribuição do setor sucroenergético tem crescido e diversificado a oferta de renováveis. A produção de biogás se destaca no setor, além do etanol e bioeletricidade.

Oriundo do biogás, o biometano é o combustível que seria equivalente ao gás natural, porém com uma pegada de carbono bastante inferior.

Segundo levantamento da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), nos próximos cinco anos, 65 novas plantas de biometano devem entrar em operação no país, juntando-se às mais de 750 plantas de biogás já em funcionamento.

"O biogás já foi a tecnologia do futuro, mas hoje é uma realidade e está sendo produzida. Há diversos investidores focados nessa indústria, que está pronta para operar", afirma a gerente executiva da Abiogás, Tamar Roitman.

O biogás é uma fonte de energia elétrica limpa, 100% renovável, além de ser uma alternativa aos combustíveis fósseis, por meio da geração do biometano.

Esse biocombustível pode atuar como substituto do diesel e do gás natural, reduzindo as emissões de CO2 em até 95% se comparado aos combustíveis fósseis.

"Mais de 5% de todo o diesel consumido no Brasil é utilizado no setor sucroenergético, então há um potencial enorme de substituição por biometano na frota da própria usina, consolidando assim a lógica da economia circular", afirma o diretor de Economia e Inteligência Setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Luciano Rodrigues.

"A produção de biogás e biometano permite que o setor intensifique o uso da energia solar capturada na lavoura. Passamos a extrair mais energia útil para a sociedade de um mesmo hectare plantado, e ainda mantemos a geração de biofertilizantes que retornam para o campo após a biodigestão", concluiu.

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