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Na toada de Rui, SEI apresenta estudo que desaconselha Carnaval em 2022

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Pesquisa foi publicada nesta sexta (3) e alerta a população sobre uma quarta onda da pandemia  |   Bnews - Divulgação Paulo Lima/GOVBA

Publicado em 03/12/2021, às 17h50   Redação BNews


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A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, publicou nesta sexta-feira (3) um estudo que desaconselha a realização do Carnaval de Salvador em 2022.

O posicionamento vai na toada do que tem demonstrado o governador Rui Costa (PT), pressionado para dar uma resposta sobre o evento, mas segue cauteloso em tomar uma decisão sobre o assunto.

De acordo com a pesquisa da SEI, o mundo já passou por três ondas bem definidas e alguns indicadores apontam que o cenário se encaminha para uma quarta onda, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.

Em termos mundiais, a primeira onda teve o seu ápice em abril de 2020, a segunda em janeiro de 2021 e a terceira em setembro de 2021. Já o Brasil teve o ápice da primeira onda em julho de 2020 e uma segunda onda com o ápice prolongado de janeiro de 2021 a abril de 2021. Na atualidade, a Bahia representa 4,4% dos óbitos no Brasil e uma das menores taxas de letalidade da doença: 2,16%. Se destacando entre as unidades da federação por ter a segunda menor taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, 183 óbitos, o Estado fica atrás apenas do Maranhão, com 143 óbitos.

Segundo o diretor de indicadores e estatística da SEI, Armando Castro, “a Bahia adotou medidas no enfrentamento da Covid-19 de uma maneira muito eficaz. Desde ações educativas, até decretos que limitavam a circulação de pessoas e o contato interpessoal, somadas aos investimentos públicos essenciais na área da saúde, dentre outras estratégias. Por isso verificamos melhores indicadores”.

O estudo defende que a quarta onda deve chegar em breve no Brasil e pode ter um espaço temporal de três meses, o que alcançaria o período do Carnaval.

Segundo Castro, “não parece razoável submeter a população a festejos com adesão do grande público como é o Carnaval e o Réveillon na Bahia, pois pode ameaçar todo esforço feito até aqui”.

O estudo chama atenção também dos riscos em função do aparecimento da variante Ômicron, que ainda apresenta incertezas em relação ao grau de transmissão ou se escapa da imunidade vacinal.

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