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Gato mineiro participa de estudo internacional para saber por que bichanos amam caixas

Letícia Orlandi / Arquivo pessoal
Fuleco, de 7 anos, foi personagem principal da pesquisa  |   Bnews - Divulgação Letícia Orlandi / Arquivo pessoal

Publicado em 24/05/2021, às 19h37   Redação BNews


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O gatinho Fuleco, de 7 anos, foi o personagem principal do estudo internacional 'If I fits I sits', realizado com o intuito de entender o amor dos felinos por caixas, inclusive as que não são reais. De acordo com o G1, o bichano que é natural de Belo Horizonte, em Minas Gerais, foi dos 30 escolhidos entre 500 inscritos para serem observados durante os experimentos realizados por uma pesquisadora do Hunter College, em Nova York, cujo resultado foi liberado neste mês de maio.

De acordo com a pesquisa, os gatos podem ser enganados por ilusão de ótica e acabar interpretando formas 2D como se fossem materiais, o que explica o fato de vez ou outra bichanos serem vistos sentados em sombras desenhadas no chão. 

Coordenado pela especialista em cognição animal Gabriella Smith, o estudo elaborou uma estratégia onde um material impresso foi enviado aos donos dos participantes, instruídos a utilizar papel, tesoura e fita adesiva para criar várias formas diferentes para os gatos, entre elas, o quadrado que dá a ideia da caixa. Até um quadro ilusório feito com formas que enganam o cérebro humano foi utilizado, além uma montagem onde a ilusão já não era possível. 

O objetivo era que assim que as formas fossem colocadas no chão, em vários arranjos, os gatos entrassem na sala. "Tudo foi filmado. E eu usei até óculos escuros para não influenciar o Fuleco. Ele realmente preferiu o quadrado em 2D. Era abrir a porta e ele se direcionava pro desenho", contou Letícia, dona de Fuleco, ao G1.

O nome do estudo americano é uma associação irreverente à capacidade dos gatos de se enfiarem em qualquer coisa que pareça uma caixa. "If I fits I sits: a citizen Science investigation into ilusory contour susceptibility in domestic cats", diz o título do estudo que, traduzido para a língua portuguesa, significa “se me encaixar, eu sento: uma investigação científica cidadã sobre a suscetibilidade ilusória do contorno em gatos domésticos".

Ainda de acordo com a tutora do personagem principal do estudo, uma explicação plausível para os felinos gostarem tanto de caixas é a sensação de que eles se sentem mais protegidos e "invisíveis" dentro delas. 

"A razão mais ancestral vem do fato de o nosso gato doméstico ser predador e presa. No ambiente urbano, em vida livre, ele poderia caçar passarinhos, por exemplo. Mas também poderia ser caçado por cães. Então a caixa dá a ele a sensação de estar protegido dos predadores e invisível para as presas. Mas tem também a sensação de conforto térmico, limpeza e boa textura que principalmente as caixas de papelão transmitem", relatou Letícia. 

O voluntário do estudo, entretanto, parece ter ficado um tanto quanto ansioso para participar da experiência, o que lhe fez não ser tão paciente no quesito “respeito às regras”. De acordo com a dona, Fuleco já tentava entrar no quarto mesmo antes de ela preparar o material para o estudo.

Classificação Indicativa: Livre

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