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Advogada baiana com deficiência visual fala sobre importância de cão-guia: ‘Mudou minha vida’; conheça história

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Advogada baiana precisou esperar 13 anos pela chegada do seu cão-guia  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram @amandapravoce
Natane Ramos

por Natane Ramos

Publicado em 23/09/2023, às 06h00


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A presença de cães-guias ajuda a desenvolver um mundo mais inclusivo e acessível para pessoas com deficiência visual. O animal auxilia na independência e até mesmo na auto-estima do indivíduo. A advogada baiana Amanda Ferretti, que nasceu com baixa visão devido a toxoplasmose congênita, comentou como sua cão-guia chamada Zoe a ajuda no dia-a-dia.


Ao Bnews, Amanda contou que precisou esperar por 13 anos para conseguir Zoe, e destacou a importância do cão-guia para a rotina de uma pessoa com deficiência visual.


“O cão-guia muda a vida da pessoa, pois ele dá mais autonomia, faz com que a gente dependa menos das pessoas que ajudam. Ele faz com que as pessoas se aproximem da gente de forma mais natural, não com aquela questão só de ajudar, faz com que, principalmente as pessoas que gostam de animais, queiram se aproximar para entender, conhecer, saber mais sobre o trabalho do cão-guia. Então, isso acaba trazendo as pessoas para a gente de uma forma muito positiva, muito diferente de quando estamos usando uma bengala”, declarou.


Zoe é uma cadelinha da raça labrador, que foi doada para Amanda pelo Instituto IRIS Cão-Guia, e teve todo o treinamento necessário para auxiliar a advogada em sua rotina. “Ela me deu muito mais autonomia, independência e segurança na hora de caminhar, sabendo que eu não preciso me preocupar com os obstáculos. Então ela faz com que eu tenha muito mais liberdade nas caminhadas, a gente pode relaxar um pouco mais, tendo ela como guia”, explicou Ferretti.


Mudança de vida:


A cadela trouxe mudanças perceptíveis para a vida de Amanda, promovendo  confiança e trabalhando diretamente na autoestima da advogada. “A minha confiança para me aventurar, a sensação de que, com ela me guiando, eu estou segura, eu posso fazer as caminhadas sem medo. A Zoe mudou minha vida, no sentido de que ela trouxe possibilidades que antes eu não tinha coragem de executar”, declarou.


“Desde 2009 eu comecei a pesquisar muito sobre cão-guia, e tinha a noção de que eles poderiam sim mudar a minha vida. Agora com a Zoe, a gente entende muito mais isso, vivendo agora com ela, tendo essa experiência a gente percebe o quanto eles realmente mudam. Não tem como descrever”, ressaltou Ferratti.

Principais dificuldades:


Apesar da importância do cão-guia, Amanda relatou que ainda existem dificuldades para obter um animal de serviço, já que eles são treinados e doados pelas organizações, que atuam sem fins lucrativos.  “As dificuldade é as ONGS encontrarem cães que estejam aptos para serem cães-guias, e de treinar devido ao alto custo”, relatou a advogada.


Ferrati apontou os principais meios para que as organizações possam ser auxiliadas, para que mais pessoas tenham acesso a cães-guia. “As ongs funcionam sem fins lucrativos, então elas vivem de doações. Elas precisam que as pessoas, outras empresas ou o Poder Público, deem recursos a elas. Precisa ter mais atenção para as ongs, para que eles possam entregar e doar os cães”, relatou.


Amanda também relatou que precisa enfrentar dificuldades em seu trabalho, pela falta de acessibilidade. “A questão da acessibilidade digital, os sites do Poder Judiciário, de forma geral, não são acessíveis para que eu tenha autonomia e acessá-los por conta própria”, comentou.


Através de suas redes sociais, e as redes sociais de Zoe, Amanda discute a importância do cão-guia para a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência visual, destacando a necessidade do apoio a ONGS como o Instituto IRIS Cão-Guia, que trabalham para garantir que outras pessoas tenham acesso a essa liberdade e independência que o cachorro bem treinado providência.

Confira:

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