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Cresce a procura por sapos com venenos alucinógenos e cientistas alertam para colapso no ecossistema

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Sapos com venenos alucinógenos são usados em cerimônias psicodélicas  |   Bnews - Divulgação Foto Ilustrativa/Pixabay

Publicado em 23/03/2022, às 19h40   Redação BNews


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A onda de tratamento de vícios e transtorno mentais através das secreções de sapos tem crescido cada vez mais pelo mundo. A experiência, feita em cerimônias psicodélicas, realizadas em florestas, pode chegar a mais de US$ 8 mil. Alguns cientistas, porém, tem alertado que a prática pode fazer com que esses animais entrem em extinção.

Para realizar a "sessão", as pessoas desembolsam US$ 250 por uma cerimônia na floresta do leste do Texas até US$ 8.500 por um cenário mais luxuoso à beira-mar em Tulum, no México. A prática é defendida por diversas pessoas que afirmam já ter tido a experiência. 

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"Entendi por que as pessoas chamam a substância de Molécula de Deus quando consegui fazer uma redefinição completa do sistema nervoso central", disse a administradora de uma organização sem fins lucrativos, Capone ao New York Times. A organização ajuda centenas de outros veteranos das Operações Especiais a ter acesso à medicina dos sapos.

Os cientistas, por sua vez, afirmam que a caça ilegal, a colheita excessiva e o tráfico ilegal nos trechos áridos da fronteira com o México pode desencadear um colapso na população dos sapos na região de Sonora. Acredita-se que o sapo, que é encontrado principalmente no deserto de Sonora, já entrou em extinção na Califórnia, onde não é encontrado na natureza há decadas. 

Apesar do alerta, os apóstolos da medicina dos sapos resistem em não praticar mais tal atividade. "Somos uma igreja, e isso é medicina sagrada", disse Brooke Tarrer, fundadora da Universal Shamans of the New Tomorrow, que faz do consumo do veneno de sapo um traço central de suas práticas.

A igreja fundada por Tarrer, no Texas, cobra US$ 250 por uma cerimônia de veneno. A mulher se posicionou contra o que ela chamou de "gente do movimento verde" que quer proteger o sapo. "Nós nunca vamos recorrer aos sintéticos", afirmou. 

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