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Especialistas defendem cemitério público para animais em Salvador; confira alerta

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Cemitério público para pets é defendido por ativista e médico-veterinário  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 02/11/2022, às 10h46


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Os animais de estimação já são vistos como membro das famílias e, por essa razão, os tutores querem espaços especiais para se despedir dos seus bichinhos. Além da questão emocional, a saúde pública também é uma importante questão para que os animais falecidos tenham espaços específicos para serem colocados. Nesta quarta-feira (2), Dia dos Finados, o BNews conversou com especialistas que falaram sobre a importância do assunto. 

Em Salvador, o ex-deputado e ativista da causa animal, Marcell Moraes, defendeu a criação de um cemitério público ou um crematório para os pets. De acordo com ele, muitos animais mortos estão sendo depositados na Baía de Todos os Santos, na capital baiana, causando problema para os seres humanos e para os animais marítimos. Algumas famílias também tem jogado os pets no lixo, o que causa danos unicamente para os moradores da região.

"A mesma carne que os animais têm, o ser humano tem. O ser humano é enterrado para não causar problemas a nós mesmos. Com os animais é a mesma coisa", explicou Marcell. "Para ser mais ecológico, ambiental, ser menos poluente e dá menos trabalho eu defendo um crematório para os animais. Já existem em algumas capitais e tem projetos meus que ainda tramitam na Assembleia relacionados a esse assunto", afirmou.

Segundo o ativista, a questão "é uma questão de saúde pública para nós seres humanos". Ele também pontuou: "As pessoas já têm os animais como um filho e a gente não joga um filho no lixo. Ou crema o animal ou coloca em um cemitério". 

O médico-veterinário Fernando Oliveira concordou sobre a importância de ter um local específico para os animais mortos e explicou que "existem doenças que acometem os animais e podem passar para o homem". Ele disse: "A leptosprose, por exemplo, é a doença transmitida pelo rato. Se um cão morre acometido pela leptosprose e é enterrado em qualquer ambiente ou é jogado em alguma área não tratada, aquele ambiente vai ficar contaminado".

Ele ainda citou que acontece a mesma coisa com o gato mortos por causa da esporotricose, que é um fungo que contamina o meio ambiente. "Os animais que morrem desss doenças devem ser incinerados", pontuou. 

Em contato com o BNews, a Diretoria de Proteção Animal da Prefeitura Municipal de Salvador (DIPA), falou sobre a possibilidade da criação de um crematório ou cemitério público para os peludos. A diretora da Dipa, Michelle Holanda, pontuou: "Temos a ideia de criar um crematório para a questão de incineração de cadáveres com doenças zoonóticas. Mas nada definido ainda!". 

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