BNews Pet
por Natane Ramos
Publicado em 27/11/2024, às 20h00
Com a aproximação das festividades de fim de ano e a iminência de fogos de artifício, os tutores começam a ficar preocupados quanto à proteção dos seus cachorros, tendo em vista que eles são mais sensíveis aos ruídos intensos.
No entanto, uma pesquisa conduzida pelo Centro Universitário do Distrito Federal – UDF, por meio do Programa de Iniciação Científica – PIBIC, analisou uma solução inovadora para ajudar os animais com esse medo, propondo uma forma de hipnose canina para aliviar o estresse e a sensibilidade dos cães durante essa época.
O estudo selecionou sete animais que tinha reações extremas, como choro, tentativa de fuga e, até mesmo, tentavam se machucar, quando expostos a esses sons. Cada um dos animais passou por cinco sessões de hipnose, que incluiu anamnese e mensurações detalhadas dos sinais vitais antes e após a exposição aos ruídos.
Helena, tutora da Duda, um dos cães que participaram do estudo, revelou a mudança significativa no comportamento da cadela após a sessão. "A Duda era uma cachorra muito medrosa. Quando chovia, ela ficava andando de um lado para o outro e não parava até acabar a chuva, o que causada um grande estresse nela. Após as sessões, ela passou a lidar melhor com chuvas e ruídos inesperados e até mostrou maior segurança em interações com visitantes e outros animais", relatou.
"Detectamos que a hipnose não apenas contribui para minimizar o estresse associado aos ruídos, mas também ajudou na modulação de comportamentos gerais dos cães. A técnica oferece uma alternativa promissora e acessível para os tutores que enfrentam esses desafios", explicou Jardênia Marçal Rosa, aluna do curso de Medicina Veterinária do UDF, e reponsável pela pesquisa.
A pesquisa pioneira aposta em uma solução que vai mudar a medicina veterinária. "A sensibilidade a sons é uma queixa recorrente entre tutores, afetando o bem-estar dos pets e exigindo alternativas eficazes de tratamento. A pesquisa inova ao adaptar a hipnose, tradicionalmente utilizada em humanos, para animais. Essa abordagem multidisciplinar pode abrir novas frentes para tratamentos não invasivos de problemas comportamentais em animais, ampliando as possibilidades de pets sensíveis a estímulos sonoros, com um impacto potencial significativo no bem-estar animal", declarou Letícia Batelli, orientadora do projeto.
Victor Carnaúba, coordenador do curso de Medicina Veterinária do UDF, refletiu sobre o impacto da pesquisa. "Projetos como esse demonstram a importância da pesquisa dentro do ambiente acadêmico de forma que possamos estimular nossos alunos a desenvolverem pesquisas relevantes para a saúde animal e para a sociedade, estimulando ainda mis o conhecimento e o aprendizado por meio da inovação e dos estudos científicos”, conclui.
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