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Leishmaniose canina: Saiba como prevenir doença que pode matar seu pet

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Leishmaniose canina é uma doença que pode infectar animal e humano  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 10/08/2022, às 09h11 - Atualizado às 09h22   Mylenna Souza


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A leishmaniose canina, também conhecida popularmente como calazar, é uma doença causada por um protozoário e é considerada uma zoonose, ou seja, pode infectar animais e o homem desde que haja o mosquito como vetor.

A leishmaniose é uma doença crônica e progressiva, podendo permanecer assintomática por um determinado tempo e posteriormente evoluir para manifestações clínicas moderadas a graves, possuindo altas taxas de óbito. Por se tratar de uma doença grave e sem uma verdadeira cura, a prevenção se torna a melhor opção. Estamos em meio ao agosto verde pet, o mês de combate a leishmaniose.

Quer saber mais sobre a leishmaniose e como tentar prevenir? Vamos lá!

Transmissão

A transmissão da doença se dá através da picada do mosquito flebotomíneo infectado, não ocorrendo transmissão direta do animal para o homem e nem vice-versa. O flebotomíneo, popularmente conhecido como mosquito palha, se desenvolve em material orgânico em decomposição (lixo) e tem sua maior atividade noturna, começando a circular após o entardecer.

Mesmo o cão não transmitindo a leishmaniose diretamente para o homem, ele pode ser tornar um reservatório da doença e fonte de infecção para outros mosquitos não infectados.

Sinais clínicos

Por se tratar de uma doença crônica, as manifestações clínicas podem começar após meses ou até sete anos após a infecção. Os sinais clínicos dermatológicos normalmente são as primeiras manifestações notadas pelo tutor, como: dermatites esfoliativas, lesões em focinho e orelhas, despigmentação nasal e entre outros.

Alguns sinais inespecíficos também podem ser notados como apatia, crescimento acelerado das unhas, perda de peso, vômitos, diarréia, aumento de apetite, aumento da ingestão de água e sangramento nasal. Devido ao ataque ao sistema imunológico outras doenças podem ocorrer de forma secundária à baixa de imunidade.

Diagnóstico

O diagnóstico é complexo e a única forma de descobrir se o animalzinho é positivo é levando no médico veterinário. A avaliação do médico veterinário é extremamente importante, mas apenas com exames complementares se pode fechar o diagnóstico. Pode ser realizado através de exames de sangue para testes sorológicos, reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e PCR. Em alguns casos pode diagnosticar através de citologia e biópsia.

Tratamento

Há alguns anos atrás o tratamento para leishmaniose canina no Brasil era proibido e todos os animais positivos tinham indicação de eutanásia, sendo um verdadeiro pesadelo para qualquer tutor de pet. Hoje em dia isso não é mais uma realidade pois os cães tem opção de tratamento.

Até os dias atuais, não existe uma cura completa da doença, só existe a cura dos sinais clínicos e diminuição da carga parasitária, fazendo com o que o cão não seja mais um reservatório da doença. Um paciente positivo para leishmaniose precisará de acompanhamento veterinário e exames periódicos para o resto da vida.

Prevenção

Devido a grande incidência da leishmaniose canina no Brasil, gravidade da doença e ao fato do tratamento não ser 100% eficaz, a prevenção segue sendo a melhor escolha. A vacinação é uma forma profilática importante e é recomendada a partir dos 4 meses de idade, sendo 3 doses na primovacinação e uma dose de reforço anual.

Devido ao fato da vacina não ser 100% eficaz, em locais endêmicos para a enfermidade outras recomendações são adotadas, como fazer uso de coleiras ou pipetas repelentes de uso continuo, evitar ter matéria orgânica em decomposição em casa, telar a casa e evitar passeios após o crepúsculo.

Para mais informações sobre leishmaniose canina, formas de prevenção ou qualquer suspeita que o pet possa ter sido acometido pela doença, procure orientações de um médico veterinário!

* Mylenna Souza é médica-veterinária da Pet Master 

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