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Militares suspendem buscas por Wilson e último socorrista que viu o cão vivo lamenta; veja relato

Divulgação/Forças Militares da Colômbia
Militares suspendem buscas por Wilson após aproximadamente 20 dias de operação  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Forças Militares da Colômbia
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 29/06/2023, às 08h28


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Os militares da Colômbia resolveram suspender as buscas pelo cachorro da raça pastor belga, chamado Wilson, de seis anos. O animal desapareceu depois que ajudou a encontrar quatro crianças que estavam perdidas na Amazônia colombiana, que caíram de um avião. O pet estava sumido desta o dia 7 de junho.

A informação do fim das buscas foi divulgada nesta quarta-feira (28), pelas Forças Armadas do país, ao canal "Caracol". "Usamos absolutamente todos os recursos, não poupamos esforços, usando todas as capacidades humanas e tecnológicas", disse o comandante de operações especiais das Forças Armadas, Pedro Sánchez.

Na segunda-feira (26), o Exército já havia afirmado que seria improvável encontrar o animal. "Wilson é um símbolo de um membro das Forças Armadas que não regressou depois de uma missão. Honraremos ele e todos os cães que perderam a vida protegendo os colombianos", comentou Sánchez.

Além disos, o membro da Guarda Indígena Cauca, Jesús Dagua, também já havia opinado sobre o caso. Para ele, Wilson foi levado por espíritos em troca das quatro crianças.

Voluntário da Defesa Civil colombiana e guia canino, Juan Sebastian Sora Tafur, 24 anos, o último a ver Wilson vivo, lamentou a possível morte do animal. Ao Correio Braziliense, ele ainda contou: "Ontem (terça-feira, 27), soube que haviam canelado as buscas. As probabilidades de encontrar Wilson eram muito baixas. Realizaram uma cerimônia e prestaram um reconhecimento à mãe de Wilson. Ela foi condecorada, já que Wilson não pôde estar presente".

Questionado se ele acreditava que o animal esteja morto, ele disse: "Já passou tempo demais. E há muitos animais na selva quem possam tê-lo atacado".

Ele confessou que, durante as operações para encontrar o cachorro, "não ter resultados e não encontrar rastros foi muito duro". Juan, porém, disse que se lembrará do farejador com uma 'alegria imensa'.

"No momento em que o vi pela última vez, eu me esqueci de todo o cansaço. Não me importava com mais nada a não ser recuperá-lo. Foi triste ver como ele fugiu de nós. Se fosse Akhela, a minha cadela, que estivesse perdida, faria o que fosse preciso para resgatá-la. Fiz isso com Wilson. Embora sem sucesso, sei que tudo foi tentado", pontuou.

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