BNews Pet

Saiba como seu pet pode se tornar um doador de sangue

Freepik
Seu pet pode ser doador de sangue após realizar exames  |   Bnews - Divulgação Freepik
Maria Clara

por Maria Clara

[email protected]

Publicado em 23/11/2023, às 05h09


FacebookTwitterWhatsApp

O ato de doar sangue é algo muito comum entre os humanos, mas no mundo animal não é um assunto muito debatido e evidenciado. A transfusão de sangue animal é algo que existe e pode salvar a vida de muitos pets.


Sabendo disso, a professora da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFBA, Nicole Hlavac, conversou com o BNews PET e trouxe algumas informações importantes sobre como os pets podem ser doadores de sangue e ajudar na saúde de outros animaizinhos.


Para os tutores interessados, a educadora explica como o processo funciona. Ela afirmou que existe o banco de sangue no HOSPMEV da UFBA, além do DEA+, que fica localizado em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador


"A  gente faz um agendamento, faz uma triagem, uma consulta com o questionário, para ver se ele tem perfil, idade, peso, perfil comportamental, algumas questões de saúde, se tiver tudo bem, aí a gente colhe uma amostrinha de sangue, para avaliar a parte hematológica, renal, hepática, ver se tá tudo bem na questão de saúde, laboratorial, se não tem anemia, se o rim, fígado, tudo está funcionando direitinho. Estando tudo certo, aí ele doa sangue", inciou.

Em outro momento, a professora explica como funciona o processo na doação de cães e gatos. "A doação dos cães, os animais não são sedados, eles ficam deitadinhos de lado e a gente faz a coleta, o tutor sempre fica presente. Em felinos, aí a gente costuma fazer uma leve tranquilização nos animais, usar uma medicação para fazer uma tranquilização nos animais, para que eles tenham melhor o procedimento", explica.


A especialista ainda explicou que existem critérios para que os animais doem sangue. "A gente tem alguns critérios, tem que ser adulto entre 1 a 8 anos, os cães têm que ter mais de 28 quilos, os gatos têm que ter mais de 4,5 kg. E as questões de saúde, que aí a gente vê isso no questionário na hora que faz a consulta". 


"Além da avaliação laboratorial, de hemograma e avaliação bioquímica, a gente também faz uma triagem infecciosa, que é identificar agentes que possam ser transmitidos pela transfusão de sangue. A gente precisa saber se esse animal é negativo para doenças como leishmanioses, erliquiose, FeLV, micoplasmose, que são doenças que são potencialmente transmissíveis. Então, mesmo que ele seja saudável, ele pode ser um animal assintomático para essas doenças que podem ser transmitidas pelo sangue. Então, basicamente, da mesma forma que acontece em humanos, faz aquela triagem de várias doenças infecciosas de humanos. E é assim que funciona", explica.


Campanha de doação


Nicole Hlavac anunciou que vai acontecer, no dia 16 de dezembro, um evento em uma praça na Manuel Dias, um projeto de extensão que se chama PET Sangue Bom. Nele, é realizado um trabalho de conscientização sobre a importância da doação de sangue em escolas, na comunidade, em praças.


O evento em questão pertence à empresa Drogavete, que convidou a UFBA para participar e abordar a temática. "Eles vão fazer um dia dedicado a isso e pediram que a gente apoiasse eles. Então, a gente está organizando isso", disse.


Outro ponto importante que foi ressaltado, é que todo ano acontece o Junho Vermelho Pet, que é também um mês dedicado ao doador de sangue. "Então são feitas várias ações ao longo do mês, e , em um dos sábados do mês de junho a gente faz uma ação no hospital veterinário, onde a gente recebe os tutores com os animais que têm interesse a ser doador de sangue para fazer essa avaliação e doar sangue eventualmente quando eles têm perfil".

Assim como a doação de sangue entre humanos é importante, a dos pets também. Caso seu melhor amigo possa fazer parte dessa ação, contribua. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp