Por causa de imagens de satélites, PF diz que Inpe age como taxistas contra Uber

A Polícia Federal (PF) declarou guerra ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) por conta de imagens de satélites. A PF diz que o Inpe provoca desinformação contra novas iniciativas para não perder a hegemonia da narrativa e do conhecimento do desmatamento no Brasil. 

De acordo com informações da coluna Painel da Folha de S.Paulo, no ofício, a polícia afirma que o trabalho do órgão é insuficiente e não atende à demanda da segurança pública. A PF chega a comparar o Inpe aos taxistas, que tentaram proteger seu mercado de atuação impedindo a entrada da Uber.

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Na última sexta-feira (18) a ministra Ana Arraes, do TCU, suspendeu o contrato da PF com a Planet, que fornece imagens de satélites. A ministra afirmou que o sistema, em tese, não agrega vantagens em relação aos que já são usados pelo Inpe ou gratuitos. O acordo custou R$ 49 milhões e foi bancado pelo Ministério da Justiça.

Ainda de acordo com a Painel, a PF já utilizava as imagens no Amazonas e requisitou recursos ao ministro André Mendonça para expandir o programa para outros locais. Delegados e peritos afirmam que a Planet oferece a melhor resolução temporal e de imagem do mercado, sendo útil para outras investigações, além das ambientais.

Na documentação apresentada ao TCU, a PF afirma que funcionários do Inpe usam de desonestidade intelectual para desinformar a imprensa e conseguir impedir que novos sistemas sejam contratados.