Cidades

Gerente da empresa fala sobre morte do cobrador: vivemos um tsunami de violência

Publicado em 03/06/2015, às 16h17   Caroline Gois (Twitter: @bocaonews)



Djanilson Miranda dos Reis. Esta foi mais uma vítima da violência que assombra os trabalhadores dos ônibus de Salvador e Região Metropolitana. 
Na manhã desta quarta-feira (3), a notícia de que Djanilson não resistiu à facada que levou no pescoço fez com que os amigos e colegas de profissão caminhassem até a secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP) e, com gritos e cartazes, pediam mais segurança e justiça. "Vivemos um tsunami de violência. Parece até os ladrões somos nós. Vivemos com medo", desabafou Erasmo Ferreira, gerente da empresa para a qual Djanilson trabalhava, a Costa Verde. 
Em conversa com o Bocão News, Erasmo lamentou a morte do funcionário e se solidarizou à família da vítima, que já vela o corpo na cidade de Irará, a pouco mais de 100 km da capital. De acordo com o gerente, Djanilson deixou dois filhos. Um bebê de meses e uma criança de 7 anos. "Isso nunca havia ocorrido antes com funcionários de nossa empresa. É muito triste e uma grande sensação de insegurança. Não sabemos mais o que fazer. Morre policial, padeiro, cobrador, motorista. Quem paga o preço é a população. Tem que ter alguma solução", explanou.
A sensação de impunidade e as recorrentes ocorrências envolvendo os ônibus levaram Erasmo a fazer um apelo às autoridades: "Eles precisam parar urgente para resolver isso. Estamos vivendo um clima ruim e a situação já chegou no limite". 
Após a morte do cobrador Djanilson Miranda dos Reis, na manhã desta quarta-feira (3), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (Sindmetro) confirmou ao site Bocão News que os ônibus paralisaram as atividades.
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